11 de abril de 2014 | 21h25
Em resposta aos ataques que estão sendo feitos, sobretudo pelos prováveis candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos, nesta corrida à Presidência da República, Lula disse: "Se tem alguém que é contra a inflação, não são os tucanos e a direita, somos nós." E saiu em defesa da gestão de sua afilhada política, a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição no pleito de outubro deste ano.
Na defesa da gestão do governo de Dilma Rousseff, Lula disse que a inflação está sob controle e citou que o País convive hoje com uma inflação de 5,9% ao ano (citando o dado do ano passado, este ano, no acumulado de doze meses, a inflação já chega a 6,15%). Falou também que o atual índice inflacionário é muito distante do registrado no período em que foi metalúrgico e líder sindical: 80% ao mês. E repetiu: "80% ao mês, não ao ano." Ao reiterar que é contra a alta da inflação, o ex-presidente justificou que ela corrói o salário do trabalhador. "A inflação prejudica o peão e o trabalhador e não o rico ou o banqueiro", frisou.
Dilma.
Nesta sexta, mais cedo, a presidente Dilma Rousseff também falou sobre a inflação, dizendo que seu governo irá manter as taxas sob controle. "Nós mantemos sistematicamente um olho e um controle na inflação, mesmo quando, devido à seca que ocorre no sudeste e à chuva torrencial no Norte, tivemos impactos em alguns produtos alimentares", garantiu a presidente, seguindo a recomendação de seu padrinho político em defender um tema que vai tomar conta do acirrado cenário eleitoral deste ano. Dilma alegou que esta é uma questão momentânea e que a inflação será controlada sistematicamente. O discurso da presidente, realizado na cidade de Porto Alegre, ocorreu dois dias depois da divulgação do IPCA de março.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.