
27 de abril de 2009 | 08h49
A PF atribui ao banqueiro o papel de líder de organização criminosa para remessa de valores a paraísos fiscais por meio do Opportunity Fund. Na véspera do feriado de Páscoa, os federais vasculharam a sede do banco, no Rio, e recolheram 20 malotes de documentos referentes a contratos supostamente ilegais, por meio dos quais Dantas teria feito transferências para o exterior não declaradas à Receita Federal e ao Banco Central.
A PF considera que esses papéis são fundamentais para o indiciamento. Além de Dantas, foram intimados seus principais auxiliares - 12 dirigentes do Opportunity que também serão enquadrados, entre eles Dório Ferman, presidente da instituição financeira. Ferman já depôs, por 6 horas e meia, há três semanas. Agora, foi chamado para o indiciamento.
As audiências estão marcadas para hoje e amanhã. O procurador da República Rodrigo de Grandis, acusador de Dantas, vai acompanhar os interrogatórios, conduzidos pelo delegado Ricardo Saadi, especialista da PF em investigações de crimes financeiros. Saadi assumiu o comando do inquérito quando o delegado Protógenes Queiroz foi afastado do caso.
Após nove meses de apuração, Saadi está convencido da necessidade do indiciamento do banqueiro. Em novembro, o delegado requereu a prisão preventiva de Dantas. O Ministério Público Federal se manifestou contra a medida. O juiz responsável, Fausto De Sanctis, não decidiu sobre o pedido. A PF tem pressa em concluir o inquérito. Os Estados Unidos deram até 14 de maio para manter o bloqueio de cerca de US$ 450 milhões de Dantas, depositados em instituições financeiras americanas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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