Satiagraha: corregedor da PF denuncia ter sofrido coação

Por AE
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O delegado Amaro Vieira Ferreira, da Corregedoria da Polícia Federal, denunciou coações que estaria sofrendo desde que assumiu a investigação sobre o vazamento da Operação Satiagraha. As pressões, segundo o delegado, tiveram início a partir de 5 de novembro - quando ele executou buscas na base secreta da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no Rio, e nos endereços do delegado Protógenes Queiroz, mentor da Satiagraha e suspeito de ter permitido a divulgação de dados reservados da missão contra Daniel Dantas. O corregedor da PF aponta ?diversificados fatores de coação que têm ocorrido no inquérito que apura o vazamento de informações da Satiagraha?. Com base em representação do corregedor, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal de São Paulo, decidiu afastar o sigilo do inquérito, mantendo sob proteção apenas as mídias geradas a partir do material apreendido em poder dos investigados e da Abin. ?O segredo de Justiça deste inquérito não tem atendido aos ditames legais a que se destina?, assinalou o juiz. ?O sigilo não tem resguardado a investigação.? O procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana concordou com o levantamento do sigilo, com exceção dos materiais apreendidos na Abin e de depoimentos e gravações telefônicas transcritas e laudos. Dassié conduz apuração sobre denúncia de Protógenes, que alega ter sofrido boicote de superiores na Satiagraha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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