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Sarney nega irregularidades com apartamentos em SP

Por CAROL PIRES
Atualização:

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou hoje haver irregularidade no fato de sua família ocupar três apartamentos na Alameda Franca, na região dos Jardins, em São Paulo, que estão em nome da empresa Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda. A informação foi revelada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo. Sarney disse que o Estado está "empenhado numa campanha sistemática" contra ele, e chegou a comparar a atitude do jornal com prática "nazista". "É de uma irresponsabilidade de tamanha grandeza, que eu não posso acreditar que o jornal publica, sem ter aqui nenhuma referência, nenhuma prova: empreiteira pagou dois imóveis para família Sarney em São Paulo. Ele, o Estado, vem se empenhando numa campanha sistemática contra mim, se empenhando numa pratica nazista de acabar com as pessoas, denegrir com suas honras, até levar os judeus a uma câmara de gás. Este tem sido o comportamento do Estado de S. Paulo", disse Sarney em plenário."O Estado se transformou hoje num jornal que, na verdade, ele passou a ser, ao invés de um jornal que era lido, respeitado, passou a ser um tabloide londrino, daqueles que buscam um escândalo para vender", continuou. ""Eu li um livro, que é um dos livros mais celebres do mundo, que é do Kafka, que é O Processo, que começa assim: como eu posso ser condenado se eu não fiz nada? Então é um processo kafkiano este", afirmou o peemedebista, ao negar irregularidade na ocupação dos apartamentos.José Sarney disse que comprou o primeiro dos três apartamentos em 1977, quando o edifício ainda estava em construção, para hospedar seus filhos, que estudavam, na época, na capital paulista. Os outros dois imóveis, segundo ele, foram comprados pela família para hospedar seus netos, que estudam em São Paulo atualmente. Esses dois imóveis Sarney disse que os filhos , seus proprietários, é que devem explicar.SenadoSarney cobrou de colegas senadores declarações feitas em relação à denúncia do Estado. O senador considerou que o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), foi precipitado ao afirmar que a denúncia exige investigações. O mesmo disse em relação ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e em relação ao deputado Walter Pereira (PMDB-MS).

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