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Sarney diz que família 'nada tem a ver' com Senado

Por CAROL PIRES E FABIO GRANER
Atualização:

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje em seu discurso no plenário que sua família não tem nada a ver com o Senado. "Sou senador, mas envolveram minha família em denúncias que nada têm a ver com o Senado. E acusaram-me em uma campanha pessoal", disse. Sarney avaliou que, ao ter intercedido pela contratação do namorado de sua neta, ele não cometeu nenhum ato ilícito. "A pessoa que foi contratada era capacitada, graduada em Física, trabalha assiduamente, e recebe elogios de seu chefe nesta casa", disse. Ele definiu como "ilegalidade" e "brutalidade" a divulgação das gravações feitas pela Polícia Federal, nas quais aparece conversando com seu filho, o empresário Fernando Sarney. "Ninguém pode gravar alguém e divulgar as conversas, estando elas em sigilo de Justiça. E ainda mais fazer isso com um senador da República, que tem foro privilegiado. Hoje pode ter sido comigo e amanhã, com qualquer outro senador", disse. Sarney ainda se defendeu das acusações de que teria participação na administração da Fundação José Sarney. Ele mostrou uma cópia do estatuto da fundação, no qual aparece que José Sarney, como presidente vitalício, tem a prerrogativa de delegar, por prazo determinado, os poderes que lhe foram conferidos. O senador também se defendeu da denúncia de que teria recebido auxílio-moradia do Senado, mesmo tendo casa própria em Brasília. "Auxílio-moradia é legal e muitos dos senadores recebem, mas, de uma maneira pessoal, eu não quis receber. Mesmo assim, depositaram e eu mandei estornar", disse.

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