PUBLICIDADE

Sarney convoca comissão para ouvir ministro da Integração nesta quinta-feira

Fernando Bezerra dará explicações sobre a denúncia de favorecer seu Estado, Pernambuco, com 90% das verbas antienchente repassadas pela pasta

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da  Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, será ouvido pela comissão representativa do Congresso Nacional na próxima quinta-feira, sobre as denúncias relacionadas à sua atuação na pasta. A comissão foi convocada nesta terça-feira pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) , atendendo aos requerimentos do PPS, PSDB e DEM e a pedido do próprio ministro, que até agora não conseguiu explicar porque favoreceu seu Estado, Pernambuco, com 90% das verbas da pasta destinada à prevenção de desastres naturais em todo o País.

 

PUBLICIDADE

Presidida por Sarney e formada por 7 senadores e 16 deputados, a comissão representativa substitui Senado e Câmara no período do recesso parlamentar, que termina dia 2 de fevereiro. Sua composição, basicamente por parlamentares da base aliada da presidente Dilma Rousseff, favorece a iniciativa do governo de blindar o ministro para não ter de demiti-lo e com isso abalar o relacionamento com o PSB, "dono" de 4 votos no Senado e de 31 na Câmara dos Deputados.

 

Além do fato de ter priorizado seu Estado, Fernando Bezerra é cobrado por ter burlado a Lei do Nepotismo, ao manter seu irmão Clementino Coelho na presidência da Codevasf por quase um ano e por ter favorecido as emendas de seu filho, deputado Fernando Coelho Filho. Nesta terça-feira, Diário Oficial da União trouxe a saída de Clementino Coelho do cargo, substituído por Guilherme de Almeida.

 

Também nesta terça, o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), dá entrada na Procuradoria-Geral da República a uma representação contra o ministro de Integração. O líder quer que o Ministério Público investigue as denúncias feitas ao ministro e que adote as providências penais, no caso de se confirmarem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.