03 de agosto de 2009 | 14h21
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse nesta segunda-feira, 3, que a crise no Senado não foi um assunto recorrente durante a reunião de coordenação política realizada com o presidente Lula. Múcio disse que tem conversado com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e que ele tem se mostrado disposto a continuar enfrentando as denúncias.
"Tenho conversado com o presidente Sarney e ele está disposto a enfrentar, já que em todas as questões tomou a decisão de passar para a frente, contratou sindicâncias, chamou a Fundação Getúlio Vargas. Cada denúncia que surge tem sido investigada e a ele interessa também que seja esclarecido. As vezes em que eu conversei com ele, achei-o com disposição de enfrentar. Com o presidente (Lula) não sei se ele falou", disse Múcio.
Para o ministro, a partir desta semana, é que será possível avaliar os desdobramentos da crise no Senado. Sobre a permanência de Sarney na presidência do Senado até quarta-feira, Múcio disse que "somente os senadores, o Senado e o presidente Sarney é que poderão avaliar que medidas poderão ser tomadas e as consequências delas."
"Como o problema está muito interno no Senado, a gente tem que respeitar o momento deles", avaliou o ministro, que afirmou que o governo começa nesta segunda as "conversas naturais" de um segundo semestre de uma legislatura pré-ano eleitoral. "Não sei se todos os líderes estarão aqui. A partir de agora, começa o trabalho", disse.
Sobre a declaração de Lula que a crise seria um problema do Senado, o que levantou a hipótese de que o presidente teria abandonado Sarney, Múcio disse que ninguém foi mais solidário ao chefe do Senado quanto Lula e que espera que a crise passe logo. "As respostas não são tão imediatas como gostaríamos. O que torcemos é que esse momento passe, que as coisas sejam esclarecidas para que possamos trabalhar. Sempre trabalhamos para que as coisas se resolvam. Isso é o que nós desejamos muito".
Múcio ainda disse que, apesar de volta do recesso parlamentar marcar o início das investigações da CPI da Petrobrás, o governo não está inquieto em relação à comissão. "Estamos querendo que a Casa, Senado e Câmara, produza porque o Brasil está precisando e, por isso, essa pressa do presidente nessa questão do pré-sal. Precisamos dar respostas mais afirmativas e com maior celeridade à crise", acrescentou.
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