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Sargento acusa chefes de ordenar espionagem no RS

Por Elder Ogliari
Atualização:

O sargento Cesar Rodrigues de Carvalho disse que os acessos que fazia ao Sistema de Consultas Integradas da Segurança Pública do Rio Grande do Sul tinham como mandantes o coordenador do gabinete de Segurança Institucional do governo do Estado, tenente-coronel Frederico Bretschneider Filho, o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Marco Antônio Quevedo e o ex-chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius (PSDB), Ricardo Lied. A revelação foi feita em entrevista dada por escrito ao jornal Diário Gaúcho e publicada hoje.Carvalho, que até agosto estava lotado na Casa Militar do governo do Estado, foi preso preventivamente na sexta-feira passada sob acusação de cobrança de propinas de operadores de máquinas caça-níquel e de espionagem irregular de políticos, advogados, juízes, jornalistas e até crianças, filhos de deputados e desembargadores. Hoje, ele prestou depoimento ao promotor Amilcar Macedo, que investiga o caso, mas o teor das informações não foi divulgado.O advogado do sargento, Adriano Pereira disse que seu cliente nunca recebeu propinas e, nos acessos que fez ao Sistema de Consultas Integradas, que não considera ilegais, agiu a mando de chefias. Os dois militares e o ex-chefe de gabinete de Yeda citados por Carvalho negaram ter solicitado consultas irregulares. "Nunca houve esse tipo de pedido", afirmou Lied, que deixou o gabinete de Yeda no início de agosto e participa da campanha política do PSDB como militante.

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