São Paulo vai construir mais 10 presídios

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Por Agencia Estado
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A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo vai construir mais 10 presídios este ano no interior, sem contar os 11 que já estão em obras. Os chamados Centros de Ressocialização receberão, cada um, 210 presos. Segundo o secretário Nagashi Furukawa, serão transferidos para essas unidades os condenados em fase final da pena. "Eles serão mantidos perto das famílias." As cidades escolhidas foram Araçatuba, Lins, Marília, Mococa, Avaré, Sumaré, Itapetininga, Araraquara, Limeira e Presidente Prudente. O interior terá ainda um novo Centro de Detenção Provisória (CDP) em Campinas e um Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) em Presidente Bernardes. Há apenas um local desse gênero no Estado, o chamado "Piranhão", em Taubaté. Já estão em obras nove penitenciárias, cada uma para 768 presos, e dois Centros de Progressão (CPP) - para 672 detentos. Dracena, Lavínia, Paraguaçu Paulista, Potim (2), Oswaldo Cruz, Pracinha e Serra Azul (2) ficaram com essas penitenciárias. Os CPPs foram para Pacaembu e Valparaíso. Essas unidades vão garantir a desativação da Casa de Detenção até março de 2002. O governador Geraldo Alckmin disse que prefere construir presídios onde o Estado possui áreas, evitando desapropriações. É dada preferência às cidades cuja população não se opõe ao empreendimento. Recentemente, Alckmin suspendeu a construção de uma penitenciária em São Roque, depois de protesto dos moradores. "Não vejo sentido em construir lá, se a população não quer. Há outras cidades querendo." Entre os critérios que a secretaria usa para distribuir os presos estão o tipo de delito cometido e a proximidade da família. Itaí está recebendo presos que cometeram crimes sexuais. Iaras reúne líderes de rebeliões e chefes de quadrilhas. Segundo Furukawa, o critério acabou ficando em segundo plano após a rebelião de fevereiro em 26 presídios. Como muitas unidades ficaram danificadas, houve a necessidade de transferir os presos para onde houvesse vaga.

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