São Paulo não faz aventuras ingênuas, diz Lembo

"Devemos deixar muito claro que o momento que prossegue é o do governo Geraldo Alckmin", disse o novo governador

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Por Agencia Estado
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O novo governador de São Paulo, Cláudio Lembo, quebrou o protocolo do Palácio dos Bandeirantes e foi o primeiro a falar na cerimônia na qual ele recebeu o cargo de Geraldo Alckmin, que, após renunciar, passa a se dedicar exclusivamente à campanha presidencial. "Devemos deixar muito claro que o momento que prossegue é o do governo Geraldo Alckmin. O Brasil está acostumado com aventuras ingênuas, e ", iniciou Lembo, sendo interrompido por aplausos de cerca de 1,2 mil pessoas que acompanham a cerimônia no Auditório Ulisses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Lembo afirmou que cumprirá nove meses de administração estadual como se Alckmin permanecesse no Palácio dos Bandeirantes, mantendo "o sentido ético" do governador que deixa o cargo e mantendo os programas que estão em curso. O novo governador aproveitou para indiretamente fazer um ato de campanha para Alckmin. "Não estamos vendo o fim de um ciclo. O que está sendo iniciado é um ato a mais para a grande caminhada, na qual sempre estaremos ao lado de Geraldo Alckmin", declarou. Caminhada difícil Segundo o novo governador, a caminhada de Alckmin será difícil porque, em política, há inveja e muitos invejam candidato presidencial tucano. "Espero que o Brasil possa ser resgatado por este homem. Convivi por mais de três anos diuturnamente com Geraldo Alckmin e posso dizer que este homem é exemplar, respeitador e respeitado, e posso dizer que é o que precisamos para o futuro", afirmou Lembo, visivelmente emocionado. Ao indicar críticas ao atual momento político do Brasil, Lembo afirmou que o País deste momento não é aquele que a sociedade deseja. "Quero bem ao Brasil e faço política aqui nos últimos 40 anos. O Brasil é rico, poderoso e qualificado. Há sim políticos que crêem na causa pública e em valores morais e religiosos", afirmou. Ao encerramento do discurso, Lembo disse que rompeu com o cerimonial porque considerava a regra de o novo governador falar por último "inaceitável". "Quem fala por último é o Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo", anunciou, sob aplausos do público em pé.

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