PUBLICIDADE

Russomanno muda tom e elogia Bilhete Único do PT

Por Ricardo Chapola
Atualização:

Antes crítico da proposta petista de criar o Bilhete Único Mensal, o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, afirmou nesta terça-feira que adorou a ideia que é uma das principais bandeiras da campanha do adversário Fernando Haddad (PT). A mudança de tom ocorreu após o ex-deputado ter sido criticado pelo petista, que o cobrou de não conhecer as finanças da cidade. Os dois protagonizaram no debate RedeTV/Folha da última segunda-feira, 3, um confronto direto no qual Haddad questionou Russomanno sobre suas contrariedades à proposta. Um dia após o candidato petista apresentar seu programa de governo, em 13 de agosto, Russomanno criticou o Bilhete Único Mensal, proposto por Haddad, e disse que seu partido não trabalha com "obras faraônicas". O candidato afirmou que o projeto vai além das condições financeiras da cidade e prometeu respeitar o orçamento municipal.Russomanno, no entanto, voltou a pedir ao ex-ministro que prove a viabilidade da proposta. Disse que, se for viável, será o primeiro a implantar o Bilhete Único de Haddad. Ele também negou desconhecer as finanças municipais. "Não (demonstrei desconhecimento). Adorei a ideia, se for viável eu sou o primeiro a implantar. Só pedi para que ele me apresentasse um estudo de viabilidade e volto a repetir: se houver um estudo de viabilidade e for possível, eu sou o primeiro a fazer, sem problema nenhum", declarou o candidato durante visita ao Mercado Municipal do Ipiranga, na zona Sul da capital.O ex-deputado repetiu que não pode fazer propaganda enganosa.Questionado se mudará a estratégia de não revidar aos ataques caso seja mais torpedeado na campanha, Russomanno disse que não: manterá postura, sob argumento de que não quer baixar o nível do debate. Para ele, não é questão de calar e consentir."Se eu for alvo de ataques, eu não vou responder, eu não vou baixar o nível da campanha. Acho que a campanha tem que ter o mais alto nível", afirmou. "Não é uma questão de calar e consentir. E sim má questão de que, muitas vezes, as denúncias são falsas, são mentirosas, são impróprias, e eu não vou me baixar neste nível. Quem quer fazer campanha de baixo nível, vá procurar outro candidato para discutir, não vai ser comigo".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.