Rui Falcão diz que julgamento do mensalão 'tem viés político'

Presidente do PT critica penas calculadas pelo STF e volta a negar existência do esquema

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Por Redação
Atualização:

 

SÃO PAULO - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou em seu blog pessoal um vídeo criticando as "elevadíssimas" penas atribuídas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos seus colegas de partido, acusando a Corte de conduzir "um julgamento com viés político".

 

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O deputado estadual por São Paulo disse ter recebido "com muita tristeza, mas também com extrema indignação, a decisão injusta do Supremo Tribunal Federal que condenou a penas elevadíssimas e fora de parâmetro os companheiros José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares."

 

Na gravação, Falcão reitera que o esquema do mensalão não existiu. "O Partido dos Trabalhadores continua afirmando que não houve compra de votos, que nenhum dos companheiros enriqueceu pessoalmente, que não foram utilizados recursos públicos", diz ele.

 

Nesta segunda, o STF definiu as penas que Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, Genoino, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, cumprirão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão, enquanto Genoino pegou 6 anos e 11 meses e Delúbio, 8 anos e 11 meses.

 

Veja a transcrição do vídeo:

 

"Recebi com muita tristeza, mas também com extrema indignação, a decisão injusta do Supremo Tribunal Federal que condenou a penas elevadíssimas e fora de parâmetro os companheiros José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.

 

Foi um julgamento com viés político, com pressão muito forte dos meios de comunicação e mudando totalmente parâmetros consagrados da jurisprudência e do Direito brasileiro.

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O Partido dos Trabalhadores continua afirmando que não houve compra de votos, que nenhum dos companheiros enriqueceu pessoalmente, que não foram utilizados recursos públicos, como, aliás, comprovam as reportagens da revista Retrato Brasil, mostrando que nada da Visanet resultou em recursos públicos e tampouco na prestação de serviços inexistentes.

 

Por isso tudo, os nosso companheiros ainda vão exercer todos os recursos possíveis, têm informações de que passada a fase dos agravos e dos recursos cabíveis ainda há a possibilidade, como disse o jurista Baltazar Garzón, de recorrer a foros internacionais.

 

E eu quero aqui expressar novamente a minha solidariedade aos companheiros injustamente condenados." 

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