26 de setembro de 2015 | 16h42
Em nota emitida na sexta-feira, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) defendeu seu ex-secretário da Casa Civil, João Abreu, preso ontem por suspeita de ter recebido R$ 3 milhões em propinas para garantir o pagamento de um precatório de R$ 134 milhões à empresa Constran-UTC. A peemedebista também criticou o sucessor, Flávio Dino (PC do B), a quem atribuiu a criação de um "clima ideológico de perseguição".
A suspeita sobre o ex-homem forte do governo Roseana tem como base as investigações da Operação Lava Jato - o doleiro Alberto Youssef teria intermediado a propina para liberação do precatório. O caso está sob jurisdição da Justiça estadual do Maranhão. Dino rebateu as acusações de Roseana pelo Twitter.
Polícia prende homem forte de Roseana Sarney
Para a ex-governadora, Dino "gasta seu tempo fazendo o que lhe é mais agradável, odiando, perseguindo, distribuindo culpas aos que não lhe são simpáticos e apalpando as culpas dos culpados que o aplaudem".
Pelo Twitter, o atual governador afirmou que as suspeitas e investigações sobre propina relacionada a precatórios surgiram antes de que vencesse as eleições, no ano passado, e assumisse o mandato, em janeiro. "Não misturo ação política com a atuação do sistema de Justiça, que deve ser independente e comprometido com a Lei. Que é para todos", postou.
"A Polícia do Maranhão recebeu um Inquérito da Lava-Jato instaurado antes do nosso governo. E a polícia está cumprindo as ordens judiciais", explicou Dino. E completou: "O que queriam: que a polícia e a Justiça do Maranhão jogassem o inquérito de 2014 em uma gaveta profunda? Ou no Oceano Atlântico?".
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