BRASÍLIA - A campanha do candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC) acusou, nesta quarta-feira, 25, o deputado distrital Paulo Tadeu (PT), de usar a CPI da Corrupção, da Câmara Legislativa, de forma eleitoreira. Tadeu é candidato a deputado federal, e entregou hoje o relatório final da CPI, na qual pede o indiciamento de 22 pessoas, dentre elas Roriz e o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido).
"Essa CPI não tem validade porque demorou seis, sete meses para ter um relatório, que ainda feito por um deputado que é candidato do PT. É um relatorio político-eleitoral, que tem o objetivo de convencer a população de que o ex-governador Roriz é responsável pelo governo Arruda", afirma Paulo Fona, coordenador de comunicação da campanha de Roriz.
De acordo com Fona, os contratos do governo com o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) começaram no governo Cristovam Buarque, quando ele era filiado ao PT. Segundo o relatório de Paulo Tadeu - aprovado por unanimidade da CPI - o esquema de corrupção no DF que veio a ser conhecido como "mensalão do DEM", começou há 10 anos, quando Joaquim Roriz era governador, e começou a firmar contratos com o ICS para desviar dinheiro público.
O relatório afirma que a "podridão" do ex-governo de José Roberto Arruda "saiu das entranhas" do governador Joaquim Roriz, e denuncia que a eleição de ambos - Roriz em 2002, e Arruda em 2006 - "foram financiadas por recursos públicos desviados por esse esquema de corrupção". A reportagem tentou contactar os advogados de Arruda, mas não recebeu retorno.