Ronaldo Caiado: ‘Por que Guedes pode tudo e Mandetta não pode?’

Governador goiano diz que, diante da crise atual, ministro da Saúde deve ter a mesma autonomia que colega da Economia

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Por Felipe Frazão
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BRASÍLIA – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirma que o presidente Jair Bolsonaro deveria dar ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a mesma autonomia que recebe o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Por que o Paulo Guedes pode tudo e o Mandetta não pode?”, questiona o governador, padrinho político do titular da Saúde.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado(DEM) Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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Em entrevista ao Estado, Caiado diz que decidiu romper o canal direto com o presidente porque ele “atrapalhou” o País e “gerou uma crise de governabilidade” depois questionar na TV medidas de isolamento. Médico e ruralista, o governador sugere que Bolsonaro “desative” o “gabinete do ódio”, como é conhecido o grupo de assessores ideológicos que o ajudaram a redigir o discurso do pronunciamento em cadeia nacional.

Por que romper com Bolsonaro? 

Eu estava no meu gabinete e começou a pipocar no telefone aviso de que o presidente havia feito um pronunciamento à nação. Num primeiro momento achei que era fake news. Vem cá, eu sou aliado de primeira hora, sou médico, tenho um decreto em vigor... De repente, sem comunicar nada, consultar nada, um presidente da República vai para a rede nacional e diz ‘isso aí é besteira, é uma gripezinha, pode todo mundo voltar a trabalhar, voltar para a escola’. A partir daquela hora, as pessoas começaram a me ligar e perguntar ‘Vamos cumprir o seu decreto ou o do presidente? Então podemos abrir as lojas? O presidente tá falando, porque você está fazendo isso’. A consequência é uma crise de governabilidade. Você tem um desgaste maior porque as pessoas passam a jogar contra você a posição do presidente da República. Caiu a ficha. Eu sempre fui um aliado, nunca fui submisso. A única pessoa para quem já ajoelhei na vida foi para Deus. Fora isso não existe essa possibilidade minha. Como sou desautorizado pelo meu presidente sem nem sequer ter tido a oportunidade de falar? Então o tratamento comigo não é respeitoso. Ele se enganou, achou que eu pudesse estar incluído naqueles que estão para cumprir ordens. Eu não estou para cumprir ordens, sou homem para discutir e apoiar posições. Nos assuntos da Saúde, as ações do presidente não atingem o meu Estado. Não posso admitir que a minha autoridade seja quebrada sem poder argumentar. Eu não sou homem de ter pé em duas canoas, não é meu estilo, não sou híbrido. Eu sou meio aliado, sou de todo aliado.

Então, o senhor agora é oposição? 

Não. Eu rompi de ser da sua base. Saberei tratar com total independência. Tratarei com o presidente na formalidade, no protocolo a partir de agora. Eu vou tratar como fui tratado. Aliado é aquele que você pega o telefone e diz ‘meu amigo, vem cá, corre aqui que vamos decidir, as coisas precisam ser resolvidas agora e tal’. Todos nós temos um tempo e nos submetemos a momentos de entender a sobrecarga, mas não passar para a desconsideração dos amigos.

Mandetta, em entrevista sobre a evolução do coronavírus no País; ministro baixa o tom e nega deixar o ministério Foto: Dida Sampaio/Estadão

Há desconsideração com o ministro da Saúde? Mandetta sofre esvaziamento durante uma crise que está sob a responsabilidade dele? 

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Se for, ele (Bolsonaro) está cometendo um erro primário. Eu não esperava que isso pudesse acontecer. Toda entrevista da área econômica tem aquela máxima: ‘Chama o Paulo Guedes, ele que vai entender e achar a saída, solucionar’. Tudo é o Paulo Guedes. Por que tudo na área econômica é o Paulo Guedes e o Mandetta não é o que fala na área da Saúde? Ele tem o melhor cara, preparado, humilde, tem independência intelectual e credibilidade no meio médico, cidadão que conversa com o mundo todo, apaixonado pela medicina, sabe o que se deve fazer num momento como esse. O governo é uma constelação. Só pode dar certo se todo mundo puder brilhar em sua pasta. Agora, se só a estrela do presidente puder brilhar, ou do governador, aí você não governa. Por que o Paulo Guedes pode tudo e o Mandetta não pode? Se você levantar junto aos economistas do Brasil inteiro a conduta do Paulo Guedes, não sei se vai ter aí uns 80% de aprovação. Se puser a conduta do Mandetta vai ter 90%. Podem dizer que é o ‘estilo’ do presidente. Não é.

Não é?

O estilo do presidente é: ‘Economia quem fala é o Paulo Guedes’. Se Economia quem fala é o Paulo Guedes, porque a Saúde, que é muito mais delicado, quem fala não é o Mandetta? Ou ele não pode opinar sobre os temas e o presidente reproduzir o pensamento do seu médico e ministro da Saúde?

Não é o que o presidente faz. 

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Não é, mas por que ele faz com o Paulo Guedes? Por que tem todo esse lado com o Paulo Guedes e não tem com o Mandetta? Qual a diferença dos dois? Nesse momento todos devemos seguir o que o ministro Mandetta com seus quadros técnicos do ministério definir o que é o melhor caminho. Quando se trata de saúde pública, a decisão não é impetuosa, eleitoral. Ela é uma decisão embasada em dados que no decorrer do tempo você vai poder mostrar para pessoas que estava certo, mesmo discordando de você. É isso que o presidente não poderia ter perdido nesse momento. Ele jamais poderia ter vulgarizado a gravidade do coronavírus. Jamais. Ele jamais poderia dizer que ia encontrar com o Mandetta e propor a quarentena vertical. Jamais poderia dizer que cloroquina é bom porque está dando resultado. Isso não é posição de presidente. Ele poderia dar esse comunicado sendo um documento técnico, médico, para que pudesse reproduzir como resultado para a população. Mas não é isso, ainda não está confirmado.

O Mandetta arrisca a biografia médica dele ao permanecer no governo?

Isso é um problema nosso, de médico. Nós não fugimos da cabeceira do doente quando ele complica. Médico só sobrevive na profissão se na hora que o doente complica ele não bate em retirada. Isso para nós é mandamento número um, uma coisa sagrada. O Mandetta não vai sair do Ministério da Saúde. Ele só sai se for demitido ou se contrair o coronavírus e não tiver condições clínicas de estar à frente do ministério. Nesse ponto ele está correto, eu respaldo a atitude dele.

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O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva sobre o coronavírus em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

Ao dizer que as decisões de Bolsonaro não alcançam Goiás, o sr não coloca em xeque a autoridade dele e funcionamento da federação?

Eu não quebro regras democráticas. Jamais na minha vida preguei desobediência civil ou descumprimento de regras do sistema que jurei cumprir. Não existe essa hipótese. Está na Constituição, artigo 24. ‘Compete à União e aos Estados legislar concorrentemente sobre previdência social, proteção e defesa da saúde’. Ao baixar o decreto no Estado de Goiás, estou respaldado pela Constituição brasileira. Não estou usurpando de nenhuma ação respaldada constitucionalmente.

Que efeito de risco, do ponto de vista médico, tem um pronunciamento oficial de um presidente da República, adorado pelos seus seguidores? 

No momento em que a estrutura fosse quebrada, em Goiás, eu perderia os primeiros 10 dias que tive em relação à quarentena. Perderia todos os parâmetros para poder, amanhã, calcular se poderia flexibilizar ou não o isolamento. Jair Bolsonaro deputado federal a repercussão é uma, Jair Bolsonaro presidente da República, a é repercussão outra. Por isso precisamos nos acautelar ao máximo, porque nossas posições têm uma repercussão e abrangência ímpar. Se ele não fez nenhuma reflexão que tinha se excedido na dose (no pronunciamento), é porque ele estava convencido de que estava absolutamente certo. Não tomei nenhuma decisão emocional ou de bate pronto. Se até as 10h da manhã do dia seguinte ele acha que está vestido de toda razão, paciência, aí a posição dele é 100% discordante da minha. Como eu não tomei a minha por ímpeto pessoal, mas sim por base científica, eu continuo com a minha e sinto muito pela dele.

O senhor tem algum arrependimento nesse processo de governar ao lado do Bolsonaro e agora de afastamento? 

Nenhum. Aprendi a não chorar leite derramado.

O senhor teme ser discriminado no pedido dos governadores do Centro-Oeste de recomposição de perdas no ICMS, R$ 4,6 bilhões? 

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Não acredito. Nunca fui nem sequer atendido nas condições mínimas que solicitei. Chegava lá tinha que enfrentar o Paulo Guedes e aquele tal de Waldery. Ele tem outra lá do Tesouro, a Priscila. Ave Maria! Aí meu, amigo, você sabe como é. Você sua a camisa, fala, fala... Eles olham pra você assim e dizem ‘Sinto muito, não posso, não tem jeito’.

Não houve solidariedade?

Pelo contrário. Paulo Guedes tem a visão dele. Chega ao cargo sem nunca ter experimentado o voto, então, às vezes a gente é obrigado a ficar escutando engenheiro de obra feita. Não é fácil continuar no dia a dia sem ter nenhuma contrapartida, principalmente da área econômica. Eu suportei isso 14 meses, cara, morrendo asfixiado. Se não fosse o Supremo ter me dado essas liminares não sei como teria chegado vivo. O pessoal da Economia nunca teve um gesto sequer para buscar uma alternativa para que pessoas que fizeram a tarefa de casa pudessem buscar crédito junto ao BNDES, ao Banco do Brasil, com aval. Coisa mais do que normal. Não teria nenhuma exceção. Tem aquela brincadeira que o Paulo Guedes colocou: ‘Daqui a pouco vamos tirar vocês do canudinho’. Até hoje estamos na mesma situação. Se eu tive condições de governabilidade, de poder quitar a folha de pagamento, de conseguir alguns avanços, foi porque o STF me concedeu liminares e eu consegui o cancelamento do pagamento da dívida com a União e bancos oficiais, mais economias e revisões contratuais que fiz. Comecei a botar a casa em ordem. Paguei 14 salários e meio. Só faltou eu mendigar em Brasília até dia 31 de dezembro até duas horas da tarde para que tivesse pelo menos um real de repasse do Ministério do Desenvolvimento Regional diante da calamidade das minhas rodovias. Tudo isso implorando algum socorro do governo para atender os casos mais emergenciais. Eu estava falando para o deserto. Mas tudo isso você vai acumulando.

O governo demora em mostrar um plano de socorro aos trabalhadores que podem perder empregos? 

Muita teoria e pouca prática. Em termos de eficiência, não chegou nada.

Vários governadores se distanciaram do presidente após a eleição. Ele está se isolando politicamente a ponto de sofrer um processo de impedimento? 

Não vejo isso. Esse momento é de crise, que será superada. Ele precisa ouvir pessoas qualificadas nos assuntos e ter a humildade de não querer posar de dono da verdade e muito menos de querer ensinar conduta médica ou de quarentena para nós médicos. Se ele der para a Saúde o mesmo tratamento que dá para o Paulo Guedes pode ter certeza que vamos sair maravilhosamente bem do processo.

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Pelas reações de seus colegas de partido, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, presidentes do Senado e da Câmara, o parlamentarismo branco vai ganhar força com a pandemia? 

Não defendo essa posição. Temos que cumprir as regras constitucionais. Enquanto não se mudar o regime de governo não tem como criar uma situação de exclusão do Executivo. Esse assunto é outro que precisa de muito amadurecimento. Primeiro defender uma presença dos presidentes de todos os poderes, como faço em Goiás. Nós concordamos e discordamos muitas vezes. Eu não me omito de decidir. Eu decido, mas eu escuto os outros poderes. Esse é um momento de reflexão do presidente. O novo coronavírus deve ter uma reflexão maior do presidente, mas bem isolado, ele sozinho, sem ninguém falando na cabeça. Essa hora é muito solitária. Às vezes nem todos que estão ao lado da gente são bons conselheiros, porque muitas vezes não têm independência intelectual e ficam muito dizendo o que a gente gosta de ouvir. Então esse é um momento solitário. Se pudesse sugerir, diria ao presidente para refletir de maneira solitária e com um gesto concórdia conclamar a todos. Ele cresceria muito e todos nós nos beneficiaríamos e nos sentiríamos confortáveis para com ações conjuntas darmos a melhor saída para o País, sem vaidade se foi A ou B quem definiu.

Bolsonaro deve se afastar do ‘gabinete do ódio’ que o aconselha

Se é que existe esse gabinete, ele sequer deveria existir. E se ainda tem, deveria ser desativado. Todo cidadão que se comporta com ódio passa a ser escravo de quem odeia. As pessoas que me odeiam eu quero alforriá-las. Todas. Nesse momento você tem que governar com muita solidariedade, transparência total dos seus gestos e amor a uma população que se sente desprotegida.

O presidente e seus apoiadores esperam do senhor independência intelectual ou submissão? Já estão dizendo que o senhor é ‘traidor’, que ‘sua máscara caiu’. O senhor deve seus votos ao presidente? 

Não existe essa mácula de traição na história de Ronaldo Caiado. Sou homem de lealdade ímpar, criado no enfrentamento. Nunca tive ação oportunista na minha vida. Essas pessoas que hoje querem se locupletar da vitória do Bolsonaro, a maioria deles estava acovardada quando o PT todo poderoso no Brasil. Eram serviçais e cortesãos palacianos na época que o PT era poderoso. Essa tese não me atinge. Esses robôs quererem dizer algo a meu respeito não vai mudar em nada minha trajetória. Sempre fui independente. Quando saí como médico com 39 anos de idade candidato a presidente da República, quando com 36 anos de idade enfrentei as esquerdas para garantir o direito de propriedade da Constituinte, quando enfrentei o PT nesses anos todos de vida. Tenho currículo próprio, tenho conduta própria e tenho estilo próprio. Nunca precisei de muleta para ter na minha vida política minhas vitórias e derrotas.

O senhor foi fundador da UDR, sempre representou uma direita tradicional. Como é hoje ter que ponderar a direita mais radical, fazer contraponto? A deputada Joice Hasselmann, que foi aliada mais recente do presidente, disse que as forças de direita prometeram na campanha uma direita racional e entregaram uma irracional e reacionária.

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O presidente tem total condição, se mudar a sua postura no sentido de ouvir os seus aliados, ele ainda tem muitos, e ter um comportamento mais respeitoso com as pessoas que têm independência intelectual e moral, ele tem tudo para ser fortíssimo candidato à reeleição. Tem popularidade e a capacidade de poder mobilizar seu eleitorado como nenhum líder político da corrente defensora da economia de mercado já teve no País. Talvez anteriores ao período da Revolução (refere-se ao golpe militar de 1964) poderia ter algum, mas depois é o primeiro com capacidade de mobilização das pessoas. Tem pessoas que extrapolam, acham que vamos nos acovardar por ter sido criticado. As pessoas estavam na praça (em Goiânia, na manifestação pró-Bolsonaro e contra o Congresso e o Supremo, em 15/03) e eu fui lá dizer ‘vão embora para casa, vocês não tem que estar aqui, não tem que fazer mobilização nenhuma’. As pessoas me vaiaram, mas depois caiu a ficha e vieram pedir desculpas, dizer que eu tinha razão.

O presidente está atrapalha ou ajuda o País ao falar sobre temas de Saúde que não domina? 

Ele não só atrapalhou como criou uma situação de crise de governabilidade no meu. Lógico que traz sequelas. Teve consequências gravíssimas. Eu passei a madruga inteira dizendo que é para manter nosso pessoal, não pode sair à rua.

Empresários defenderam a tese de que ‘5 mil ou 7 mil mortos não justificam a crise econômica, que pode ser mais grave’. O senhor é médico e empresário, produtor rural. Perder alguma vida justifica evitar a recessão? 

Esses empresários malucos, ávidos por cifrão, precisavam pensar um pouco onde no mundo o coronavírus passou e não deixou sequelas graves em desemprego e falência de empresas e também de mortalidade. O poder da Bolsa é muito grande, o poder dos aplicadores. Esse jogo da especulação é forte e poderoso e com vários tentáculos. O nome quarentena é interpretado pela população de forma errada e a maioria desses empresários também não sabe o que é isso. Os caras falam que são quatro meses sem trabalhar. Isso é de uma estupidez primária. Conhecem bem a nomenclatura de bolsa de valores, que se eu entrar num pregão não tenho a menor ideia do que estão falando, não sei o palavreado deles. Eles também não podem querer entender de saúde e achar que nós não temos sensibilidade e noção da hora que nós vamos começar a flexibilizar. É bom que se esclareça a eles que quarentena não quer dizer 40 dias nem quatro meses. Quarentena é algo que passou a ter esse nome para definir um período em que as pessoas estão fora de circulação. Agora, eu não posso fazer essa mesma referência aos empresários de Goiás, que estão me ajudando fortemente, com raras exceções, me ajudando na área social, com doações, apoio total com equipamento, cesta básica, álcool gel.

Como se avalia flexibilizar a quarentena?

Em Goiás vai ter 15 dias e termina em 4 de abril, quando eu vou saber reorientar quais setores e regiões, com dados técnicos que estou colhendo no período, com as regiões mais frágeis no atendimento de saúde e quais tem suporte maior, aí vou saber se posso liberar jovens com mais de 14 anos que os pais não precisam levar na escola, professores com menos de 50 anos... Liberar um setor que trabalha em distanciamento e local aberto, vamos supor, a área de mineração, de recuperação de rodovias. Eu vou mapeando as áreas que posso liberar a partir do dia 4 de abril. Ora, a situação piorou, está aumentando muito a infecção e sobrecarregando hospital, volta a quarentena de novo. Já demos conta de achatar a curva (de contaminação), libera novamente.

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Houve a primeira morte hoje no Estado. 

Eu tive hoje o primeiro óbito, uma senhora de 66 anos, de Luziânia, que estava internada em hospital particular e foi transferida para Goiânia, mas já chegou aqui com parada respiratória. A região mais frágil de Goiás é o entorno de Brasília. Nunca foi construído nenhum hospital estadual e tem 1,2 milhão de goianos. Pelo crescimento de contaminação em Brasília que teve um pico nos últimos dias em decorrência do cidadão, de muitos desses empresários que foram passar períodos fora e introduziram e realmente essa curva ascendente no Distrito Federal. Todo cidadão que for para Brasília ter risco maior de contaminação e de trazer o coronavírus para o entorno. É uma região que talvez eu tenha que fazer um alongamento da quarentena de 15 dias, mas se meu perfil no Sul do Estado tiver controle maior e estrutura hospitalar capaz de garantir atendimento aos casos com complicação, tudo bem, vamos liberando. Nós não vamos liberar por que o presidente da República falou que agora é para ter ‘quarentena vertical’. Vamos liberar porque a análise técnica-científica propõe a flexibilização. Se agravar, vamos fechar de novo.

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