Um dos escalados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para coordenar ações de enfrentamento às chuvas na Bahia, o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, entra de férias nesta quarta-feira, 5, com previsão de retorno para o dia 3 de fevereiro. O despacho que formaliza o afastamento do titular foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU). Nesse período, quem assume é o secretário-executivo da Pasta, Daniel Ferreira.
Enquanto o presidente Bolsonaro era criticado por não interromper seu descanso no litoral catarinense para acompanhar a situação no Estado, o Poder Executivo era representado na região por uma comitiva de ministros. Acompanhado de Damares Alves, da Mulher e Direitos Humanos, Marcelo Queiroga, da Saúde, e João Roma, da Cidadania, Marinho sobrevoou o entorno de Itabuna, uma das áreas mais afetadas pela chuva, no dia 28 de dezembro. Em nome do governo federal, os titulares prestaram solidariedade às vítimas e se reuniram com governos locais para tratar de medidas de apoio.
Marinho também sobrevoou cidades em Minas Gerais esta semana. Na segunda-feira, 3, ele visitou a região de Salinas, que também teve prejuízo após fortes chuvas neste início de ano. “Eu e a ministra Flávia Arruda (Secretaria-Geral), por determinação do Presidente Bolsonaro, estamos trazendo a solidariedade e a garantia que o governo não faltará aos municípios e vítimas”, escreveu o ministro nas redes sociais.
A atuação dos ministros na Bahia foi o argumento de Bolsonaro para se defender de críticas no fim de 2021. O próprio Marinho também saiu em defesa do mandatário. Comentando a situação do Estado em 29 de dezembro, o ministro afirmou que o chefe do Executivo seria criticado mesmo se descobrisse a "cura do câncer".
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional afirmou que as férias do ministro “em nada interferem ou modificam os procedimentos e atendimentos aos Estados afetados”. Segundo a Pasta, o trabalho desempenhado pela Defesa Civil Nacional é técnico e segue protocolos preestabelecidos. O secretário-executivo Daniel de Oliveira Duarte responde pelo ministério na ausência de Marinho.