BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal rejeitou por unanimidade o pedido de perdão judicial do ex-deputado federal Roberto Jefferson (presidente licenciado do PTB) e manteve sua pena de 7 anos e 14 dias de prisão pela participação no mensalão, em sessão desta quinta-feira, 15.
O tribunal também rejeitou, mais uma vez, o pedido de Jefferson para incluir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do mensalão.
Jefferson revelou a existência do esquema de corrupção em junho de 2005. Ele teve a pena abrandada porque o tribunal considerou sua colaboração na descoberta do caso. O ex-deputado recebeu R$ 4 milhões do operador do esquema, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.
De novo. Em relação a Lula, a maioria dos ministros evitou discutir novamente o pedido, pois fora objeto de outros recursos ao longo da tramitação do processo. Somente o ministro Ricardo Lewandowski deteve-se no tema, ressaltando o fato de o pedido já ter sido negado outras vezes pela Corte e citando que o Ministério Público não incluiu o ex-presidente Lula por falta de provas. Durante o julgamento, Marcos Valério prestou um novo depoimento ao Ministério Público tentando incriminar o ex-presidente. O caso é alvo de inquéritos da Polícia Federal.
Ainda na sessão desta quinta-feira, os ministros rejeitaram os recursos e mantiveram as condenações do ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) e da ex-diretora financeira da agência SMP&B Simone Vasconcelos.
Queiroz foi condenado a seis anos e seis meses de prisão. Simone terá de cumprir a pena de 12 anos, 7 meses e 20 dias em regime inicialmente fechado.