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Risco de recessão nos EUA apressou aumento de tributos, diz Jucá

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Por Redação
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O temor de uma recessão nos Estados Unidos foi um dos fatores que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a determinar logo no início do ano medidas para compensar a perda de arrecadação com o fim da CPMF. Segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), as elevações do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foram medidas necessárias encontradas por Lula após "uma leitura que fez do mercado internacional." "O presidente entendeu que esperar para discutir esse assunto com o Congresso a partir de 15 de fevereiro não seria salutar para economia brasileira devido a uma leitura que fez da conjuntura internacional, principalmente a americana", disse Jucá a jornalistas, segundo a Agência Senado. A preocupação com o risco de uma recessão nos Estados Unidos cresceu no início do ano com um relatório do governo norte-americano mostrando que a taxa de desemprego subiu para 5 por cento, a maior em mais de dois anos. Outro indicador apontou que o índice sobre a expansão da economia dos EUA é o menor desde a recessão de 2001. Jucá tratou o aumento dos impostos como "um pequeno ajuste necessário", que em sua opinião não trará prejuízos aos trabalhadores. O líder do governo admitiu que houve uma quebra do acordo com a oposição de não aumentar impostos, mas apenas no caso da CSLL. "O aumento, porém, vai recair somente sobre o lucro dos bancos, um dos segmentos que mais tem sido beneficiados economicamente", ressaltou. Jucá acha que a oposição está em seu papel ao tentar barrar o aumento da CSLL, mas deu a entender que o governo vai carimbar a oposição como defensora de banqueiros. "A oposição tem toda a legitimidade de defender o lucro dos banqueiros. Eu acho que qualquer partido que queira defender o lucro dos bancos, pode fazê-lo. Nós iremos para a discussão." (Texto de Mair Pena Neto, Edição de Carmen Munari)

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