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Rio lota 8 quarteirões em Copacabana

Avenida Atlântica recebeu mais gente do que nos protestos anteriores; PM não fez estimativa de público e organizadores falam em 1 milhão

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Por Fabio Grellet , Vinicius Neder e Constança Rezende
Atualização:

O protesto contra o governo federal e o PT no Rio de Janeiro atraiu mais gente do que todos os atos realizados no ano passado. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público, mas os organizadores calcularam em um milhão os participantes que lotaram oito quarteirões da avenida Atlântica, orla de Copacabana, zona sul. Sem registro de incidentes graves, a manifestação durou cerca de cinco horas, com o grupo seguindo do posto 5 até o tradicional Hotel Copacabana Palace.

Embora poucos políticos tenham participado, o deputado federal Otávio Leite (PSDB) e o jornalista Fernando Gabeira discursaram em carros de som. “A Dilma vai cair, tenho convicção. (...) O chefe da quadrilha vai ser preso”, disse Gabeira, que chegou a ser deputado pelo PT, referindo-se a Lula.

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“A Câmara tem de priorizar o impeachment. Não dá para decidir sobre o Brasil. É preciso antes decidir sobre a mudança do governo do Brasil”, disse Leite ao Estado, após declarar seu apoio ao impeachment pelo microfone.

Também participaram do ato os atores Luana Piovani, Juliana Paes, Silvia Pfeiffer, Márcio Garcia, Suzana Vieira e Marcelo Serrado. Suzana e Marcelo vestiam camisetas com os dizeres "Morobloco", em referência ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato.

Cobranças pela saída da presidente Dilma Rousseff (PT) e pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de elogios ao juiz Moro foram as manifestações mais comuns. Estavam em cartazes, camisetas (a maioria, amarelas) e bonecos infláveis. Os de Lula e Dilma em trajes de presidiário, com cerca de 30 centímetros, eram vendidos a R$ 10 por ambulantes.

Havia cartazes e algumas camisetas com frases em inglês, como “We are all Sérgio Moro” (Nós somos todos Sérgio Moro) e “In Moro we trust” (Em Moro nós confiamos).

O ato transcorreu sem grandes incidentes. Houve vaias aos moradores de um apartamento na avenida Atlântica que estenderam na janela uma bandeira vermelha e um princípio de tumulto com um homem e duas mulheres, que, sob xingamentos, foram retirados do ato pela Polícia Militar. Políticos dos partidos da base aliada foram vaiados quando mencionados nos discursos, como governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB.

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