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Rio Grande do Sul tem atos pró-Bolsonaro na capital e em ao menos outros cinco municípios

Em Porto Alegre, adesão foi menor do que manifestação pró-impeachment em 2016; Caxias do Sul reuniu cerca de 2,5 mil pessoas

Por Luciano Nagel
Atualização:

No Rio Grande do Sul, as manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) ocorreram na tarde deste domingo, 26, diferente dos outros estados brasileiros que começaram os atos logo no turno da manhã. Em Porto Alegre, os protestos pró-Bolsonaro iniciaram as 15h no Parque Moinhos de Vento, conhecido popularmente como Parcão.

Em Porto Alegre, ato pró-governo reuniu manifestantes no Parcão Foto: Luciano Nagel/Estadão

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Os apoiadores, muitos deles com camisetas verde-amarelo e bandeiras do Brasil, se concentraram no gramado do parque e na avenida Goethe, principal ponto das manifestações onde carros de som ocupavam as pistas. A Brigada Militar, que monitorava a segurança da população, não revelou a estimativa de participantes durante o ato; no entanto, o número de pessoas que aderiram ao movimento foi muito menor do que os protestos pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, em agosto de 2016. 

Sentados no gramado do parque e tomando um chimarrão, o casal Denise e Celso Borges, ambos do município de Gravataí, na região metropolitana da capital, assistiam tranquilamente às manifestações. Na avaliação do advogado Celso, a mudança na Previdência se faz mais que necessária. "Com essa reforma, não haverá mais aquela discrepância que existe hoje nos valores recebidos pelos aposentados’’, disse ao Estado. Já sua esposa diverge de alguns pontos apresentados, mas mesmo assim é a favor de mudanças. ‘’Não concordo, por exemplo, com o aumento da idade mínima para a aposentadoria do trabalhador rural, que irá subir mais cinco anos. Quem trabalha no campo terá capacidade (saúde) para lidar com o trabalho pesado? Não será fácil’’, afirmou.

Denise e Celso Borges, de Gravataí (RS) assistem à manifestação pró-governo em Porto Alegre Foto: Luciano Nagel/Estadão

Já o comerciante aposentado Jose Ramos, de 66 anos, foi enfático e disse que não se cria dinheiro, que o governo não faz dinheiro. ‘’Quem faz dinheiro é a produção e se tivermos mais gente parada e sem produzir fica ruim, é muita gente usando esse dinheiro, automaticamente iremos quebrar o caixa. Não podemos ter gente se aposentando com 40 anos de idade. Eu tenho 66 anos, trabalho desde os 11 e tenho carteira assinada desde os 14 anos com dispensa especial. Eu acho um absurdo se aposentar com 40 anos de idade’’, desabafou o aposentado junto ao seu grupo de amigos durante a manifestação. 

No interior do RS, os protestos também foram pacíficos. Em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, cerca de 2,5 mil manifestantes a favor das políticas de Bolsonaro realizaram um ato na praça central da cidade e posteriormente uma caminhada pelas ruas do centro. Em Passo Fundo, região norte do Estado, os protestos ocorreram na Praça da Mae, no centro do município. Os manifestantes pediram a instalação de uma CPI da ‘’Lava Toga’’ e a saída imediata de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Brigada Militar não divulgou o numero de manifestantes durante a tarde deste domingo.

Já em Santa Maria, na região central do RS, a Praça Saldanha Marinho foi tomada por apoiadores ao presidente Bolsonaro. Em cima de um carro de som, lideranças do evento se revezavam com discursos sobre a importância da Reforma da Previdência e o pacote ‘’Anticrime’’ do ministro da Justiça Sergio Moro.

Em Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Vale dos Sinos, centenas de pessoas de reuniram na Praça Punta del Leste (NH) e em frente a Câmara de Vereadores (SL). Com faixas, cartazes, bandeiras do Brasil e camisetas verde-amarelo, os manifestantes entoavam o hino nacional.

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Ao menos 154 cidades em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal foram palco de manifestações a favor das pautas do governo Jair Bolsonaro.