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Rigotto: reunião não chegou a definição sobre CPMF

Por CÉLIA FROUFE E PAULA PULITI
Atualização:

A reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) com membros do governo realizada hoje em São Paulo foi produtiva, mas não o suficiente para atingir definições sobre CPMF, desoneração da folha de pagamento e limite da carga tributária. Esta avaliação foi feita pelo ex-governador do Rio Grande do Sul e membro do CDES, Germano Rigotto (PMDB). "Não conseguimos bater o martelo em relação a estes três pontos, mas devemos chegar a um acordo nas próximas reuniões", disse. Ele confirmou a informação de que o projeto do governo sobre reforma tributária deve ser encaminhado ao Congresso até setembro. Uma das discussões é a de que, enquanto o CDES defende um limite para carga tributária nos próximos anos, o governo considera a sugestão como um engessamento do sistema. O outro ponto diz respeito à redução da alíquota da CPMF, defendida pelo CDES, mas que encontra resistência no governo. "A CPMF não pode ser revalidada como um tributo permanente. Ele pode continuar, mas apenas como instrumento de fiscalização", defendeu Rigotto. O ex-governador criticou também o fato de a desoneração da folha de pagamento não estar entre as medidas apresentadas pelo governo. "Isso não está no programa e deveria estar", argumentou. Rigotto disse ainda que se não houver um avanço das discussões no Congresso até dezembro, o País perderá "uma boa oportunidade" de realizar uma reforma tributária ampla. "Meu medo é de que a reforma tributária seja jogada de novo para escanteio", afirmou.

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