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Rigotto diz que seu nome facilita alianças

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um dia depois que seu partido marcou a prévia que deve escolher o candidato à Presidência da República para o dia 19 de março, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), fez duras críticas à política econômica e citou uma vantagem que considera ter: seu nome facilitaria alianças. Demonstrando otimismo com a chance de formação de uma coligação de centro-esquerda, Rigotto disse que líderes do PDT, PTB e PPS manifestaram simpatia a seu nome. "As próprias lideranças destes partidos dizem que, se eu conseguir vencer a prévia, eles terão muita facilidade de conversar com o PMDB e construir essa coligação", declarou. Rigotto disse que atualmente estes partidos têm pré-candidatos à Presidência, "mas não estão fechando a porta" para um possível entendimento. Para compensar o fato de entrar na disputa interna depois de seu adversário, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, Rigotto disse que irá se licenciar do governo cerca de 20 dias antes da votação e se dedicar à campanha. Na prática, ele já começou o trabalho de busca aos votos de quase 21 mil peemedebistas que decidirão a prévia. Rigotto elaborou uma carta que será enviada a todos os convencionais. No sábado, participará de um ato partidário em Tramandaí, litoral gaúcho, que servirá como seu lançamento no Estado. No dia 3 de fevereiro, irá a um evento organizado pelo presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, em São Paulo. Juros estratosféricos Ao mesmo tempo em que Rigotto identificou vantagem em buscar aliados, dirigiu críticas à política econômica do governo. "Hoje temos uma política econômica totalmente conservadora", avaliou. Isso está demonstrado, conforme o governador, pelo menor ritmo de crescimento econômico, limitado por juros "estratosféricos" que já poderiam ter caído com maior rapidez. Rigotto ressaltou, no entanto, que a queda não pode ser feita "com uma varinha de condão, de um dia para o outro", mas com um conjunto de medidas que permitiriam este movimento. O superávit comercial, analisou Rigotto, está sendo obtido com importações freadas pelo desempenho econômico e exportações baseadas em produtos primários. Ao responder sobre a possibilidade de reduzir o superávit primário, Rigotto disse que a grande despesa do governo é o custo da rolagem da dívida interna, inflada pelos juros. "Tem que gerar superávits primários maiores para enfrentar esta situação de um custo absurdo da dívida que é gerado pelo próprio governo com sua política monetária", relacionou. Rigotto comentou que a política de metas de inflação pode não ser o melhor caminho, mas é preciso definir o que se pretende com relação ao índice. "A inflação é dos indicadores que deve se levar em conta e muito importante", disse. Mesmo ressaltando a importância de ter programas de renda mínima, Rigotto disse que eles não são solução para enfrentar desigualdades, o que é obtido com a geração de empregos.

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