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Ricardo Barros entra com mandado de segurança para depor à CPI da Covid

'Quero falar à CPI e ao Brasil o quanto antes', diz líder do governo, que alega ser alvo de 'abuso de poder' da comissão

Por Pedro Caramuru
Atualização:
O líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR) Foto: Gabriela Biló/Estadão

SÃO PAULO – O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), pediu ao Supremo Tribunal Federal, por meio de mandado de segurança, que seu depoimento à CPI da Covid seja mantido na próxima quinta-feira, 8. Pelo Twitter, Barros afirmou estar sendo “impedido” de exercer sua ampla defesa por “abuso de poder da CPI” para atacar sua honra. “Quero falar à CPI e ao Brasil o quanto antes”, disse ele.

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Barros recorreu ao Supremo depois que a CPI lhe enviou ofício informando que o seu depoimento seria adiado, sem marcar outra data. Em depoimento à CPI da Covid, no último dia 25, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse que o presidente Jair Bolsonaro citou o nome do líder do governo ao receber denúncias de um esquema de corrupção nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin. Pelo relato de Miranda aos senadores, Bolsonaro afirmou que as irregularidades eram “rolo” de Barros.

Tanto Miranda quanto o líder do governo são agora alvo de representações no Conselho de Ética da Câmara. O primeiro, por aliados de Bolsonaro, que defendem a perda de seu mandato; o segundo, pela oposição.

A defesa de Barros alega que adiar o seu depoimento à CPI da Covid constitui abuso de poder. De acordo com o mandado de segurança apresentado ao Supremo, "(Barros) necessita da concessão de medida liminar na medida em que é evidente o prejuízo inestimável que lhe causa cada dia em que não pode se manifestar na mesma arena em que lhe vêm sendo feitas descabidas acusações, vale dizer, na CPI". 

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