Reunião de hoje já dará moldura dos trabalhos, diz Anastasia

Uma das principais discussões é o tempo em que a presidente Dilma Rousseff ficará afastada

PUBLICIDADE

Por Luísa Martins , Isabela Bonfim , Ricardo Brito , e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

BRASÍLIA - A comissão especial do impeachment se reúne hoje, às 16h, com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que a partir da admissibilidade do processo passa a presidir os trabalhos no Senado. "A reunião já dará a moldura dos trabalhos. Salvo engano a primeira tarefa da comissão é a apresentação da defesa", disse o relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Uma das principais discussões é o tempo em que a presidente Dilma Rousseff ficará afastada. O prazo máximo é de 180 dias, mas é variável. "É difícil inferir e precisar qual será o tempo. Boa parte desse prazo é voltada para a produção de provas, o que pode variar em razão de oitiva de testemunhas e produção de documentos", disse o relator.

Antonio Anastasia (PSDB-MG) é o relator da Comissão Especial do Impeachment no Senado Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

PUBLICIDADE

O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que 180 dias é um prazo muito longo, que geraria uma "expectativa muito grande". "Não é bom para o País, mas encurtar o prazo também não é bom pois precisamos dar amplo direito à defesa. É preciso um prazo que seja bom tanto para o Brasil quanto para a defesa", disse Lira.

Segundo o tucano, a defesa não terá interesse em procrastinar. "Pelo contrário. Se está convicta de seus argumentos, vai querer apresentá-los com brevidade", disse.

O rito a ser utilizado a partir de agora, segundo Lira, será o mesmo de 1992, "para evitar qualquer possibilidade de judicialização". Anastasia destacou que a fase que se encerrou nesta manhã é "tão somente a presença dos indícios". "A partir de agora teremos o processo propriamente dito e caminharemos para a pronúncia caso haja a confirmação da existência de crime", avisou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.