14 de novembro de 2010 | 11h15
A promotoria sustenta que o petista foi vítima de crime de mando e que esse mandante chama-se Sérgio Gomes da Silva,o Sombra, empresário. Ele foi segurança do prefeito, depois assessor de confiança. Na noite em que Celso Daniel foi capturado estavam juntos. Voltavam de um jantar. Sombra dirigia a Pajero do amigo em uma rua da periferia de São Paulo, quando um bando os cercou. Apontando armas de fogo, levaram Daniel. Dois dias depois o corpo apareceu, crivado de balas, na estrada de terra de Itapecerica.
O juiz Antonio Hristov, em 12 páginas de decisão, aponta indícios contra Sombra. Cita o relato do médico João Francisco Daniel,irmão de Celso Daniel, que afirma ter sido avisado que dinheiro de corrupção ia para o PT. O criminalista Roberto Podval, que defende Sombra, sustenta sua inocência.
Dez foram os denunciados pelo Ministério Público, mas apenas 7 a Justiça pronunciou, ou seja, mandou para o tribunal do júri, que julga crimes contra a vida.
O primeiro deles é Bispo,que será acusado perante o corpo de jurados pelo promotor de Justiça Francisco Cembranelli - especialista em demandas dessa natureza, ele conseguiu a condenação do casal Nardoni pela morte da menina Isabella.
O júri já deveria ter ocorrido a 27 de julho, mas a promotoria requereu adiamento. Os autos - uma pilha de 34 volumes - mostram, como diz o Ministério Público, que Bispo conduzia o veículo Santana que fechou a Pajero de Daniel. Contra o acusado pesa sua confissão ao Departamento de Homicídios. Na Justiça, ainda na fase de instrução do processo, ele negou participação na trama. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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