O comportamento do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus, sua aproximação com o bloco de partidos conhecido como Centrão para garantir a governabilidade, as negociações frustradas de parlamentares para permitir a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, a indicação de um novo ministro para Supremo Tribunal Federal (STF): os fatos mais importantes da política passaram pela análise dos colunistas do Estadão ao longo deste ano de 2020.
A pedido do Estadão, Carlos Pereira, JR Guzzo, Rosângela Bittar e Eliane Cantanhêde selecionaram cinco dos textos mais relevantes que publicaram neste ano. A lista serve como uma espécie de retrospectiva analítica da política brasileira em 2020. Veja abaixo links para os textos selecionados pelos colunistas:
Carlos Pereira
18 de maio: Modo sobrevivência ativado
A ‘maior minoria’ proporcionada pelo Centrão pode ser a ‘vida extra’ do governo Bolsonaro
27 de julho: O que importa é o gesto, não a intenção
É irrelevante a distinção entre coalizões programáticas e utilitárias
19 de outubro: Contorcionismo interpretativo
Restrições do sistema político são responsáveis por mudanças de comportamento de Bolsonaro
30 de novembro: Nova face da polarização
A não obrigatoriedade da vacina é o novo mote identitário de Bolsonaro
14 de dezembro: Bolsonaro se curvou e a democracia não quebrou
O engajamento do governo na eleição dos presidentes da Câmara e do Senado é sinal de aprendizado
JR Guzzo
3 de maio: Sem defesa
Para existirem de verdade, democracias têm de merecer a própria existência
17 de maio: É proibido pensar
Foi entregue aos políticos o poder de decidir o que é essencial ou não para você
11 de outubro: Não tem preço
Bolsonaro teve a sua primeira grande chance de piorar o STF. Não perdeu a viagem
8 de novembro: Banana Republic
Os EUA não estão loucos, mas estão fazendo o máximo possível para parecer que são
29 de novembro: Governar para quê?
Após dois anos, o governo atual se encontra, mais ou menos, onde Dilma nos deixou
Rosângela Bittar
29 de abril: Entre chiquês e glacês
Integrantes do Centrão podem bandear-se para o inimigo antes que o galo cante três vezes
2 de setembro: Ninguém é Gilda
A reeleição é mania nacional; há um insubstituível em cada mandatário em exercício
30 de setembro: O espectador
Jair Bolsonaro é espectador do seu governo. Assiste, sem sinais de compromisso
21 de outubro: Ponto final coisa nenhuma
Bolsonaro fala uma coisa agora e seu contrário minutos depois. Subversão total do ponto final
4 de novembro: Alma gêmea
Guedes incorporou o raciocínio confuso, a linguagem agressiva e até os trejeitos do chefe
Eliane Cantanhêde
19/01: Goebbels na era digital
Alvim sai, mas Bolsonaro fica e Goebbels, Bannon e Olavo continuam pairando no ar
15/05: A fila anda
Bolsonaro tem crise de abstinência quando não persegue alguém. Vítima da vez é Nelson Teich
31/5: A boa notícia
Há resistência, senso de dever e responsabilidade. O Brasil nunca será uma Venezuela
18/8: Sem dó nem piedade
Faltaram tochas e máscaras brancas nos gritos de “assassina” para a pobre menina pobre
29/12: O pino da granada
O acesso de Lula às mensagens hackeadas da Lava Jato vai explodir no STF e na eleição de 2022