Resultado de Brant e Luizinho deixa cassáveis otimistas

Parlamentares consideram que os resultados da última quarta-feira favorecem novas absolvições

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Por Agencia Estado
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Os nove deputados suspeitos de envolvimento no mensalão que ainda aguardam julgamento pelo plenário da Câmara animaram-se com a absolvição de Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). "A situação ficou muito boa", confidenciou o presidente do PP, Pedro Correa (PE), de acordo com relato de parlamentares. Pedro Henry (PP-MT), que foi absolvido pelo Conselho de Ética - ao contrário de Brant e Luizinho, também comemorou a decisão de ontem do plenário. "Não tenho mais dúvidas de que não haverá mais nenhuma cassação de mandato", afirmou o deputado João Batista Araújo, o Babá (PSOL-PA), um dos que sempre sobem à tribuna para discursar a favor da perda de mandato em todos os julgamentos. "Não tem mais jeito", disse ele. Próximos julgamentos Correa e Henry, serão julgados na quarta-feira que vem, anunciou o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). O primeiro foi acusado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser um dos operadores do mensalão. Conforme a lista do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, Correa teria recebido R$ 4,1 milhões do valerioduto. Ele só admitiu R$ 700 mil. Assim mesmo, justificou, para pagar os honorários do advogado de defesa do ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC). Henry foi citado por Jefferson como um dos beneficiários do mensalão. Mas Marcos Valério não o incluiu na lista dos recebedores. Nem o Conselho de Ética descobriu qualquer pista que o incriminasse. O deputado Professor Luizinho acha que todos eles serão inocentados: "Não sabiam a origem do dinheiro". Roberto Brant afirma que vai ler todos os relatórios. Votará a favor da absolvição dos "homens de bem" e pela cassação dos que não o são. O deputado Edmar Moreira (PFL-MG), do Conselho de Ética, acredita que as cassações serão difíceis. "O plenário julga diferente do Conselho". Além de Correa e Henry, ainda serão julgados os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, Wanderval Santos (PL-SP), João Magno (PT-MG), Josias Gomes (PT-BA), José Mentor (PT-SP), Vadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR).

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