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Resultado das eleição não terá impacto em 2006, diz Genoino

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente nacional do PT, José Genoino, descartou que os resultados das eleições municipais de 2004, sobretudo as derrotas do PT em São Paulo e Porto Alegre, terão impacto nos pleitos para governadores e presidente em 2006. De acordo com Genoino, há autonomia entre as eleições locais e a disputa nacional. Ele lembrou, por exemplo, que as eleições de 1996 não pesaram em 1998, e nem o pleito de 2000 teve influência nas eleições de 2002. Na avaliação do presidente do PT, o número de cidades, votos e a expansão mostram que o partido saiu forte e vitorioso das primeiras eleições depois que o PT assumiu o governo federal. Lembrou ainda que o partido teve o maior número de vitórias em cidades com população acima de 150 mil habitantes. Genoino afirmou que, apesar do fortalecimento da oposição, principalmente com o resultado paulista, o perfil da base aliada não deve mudar no Congresso. Segundo ele, o PL, o PSB e o PTB cresceram nas últimas eleições em alianças com o PT. O PFL não saiu tão forte do pleito, mas as divergências já existentes com o PMDB ficaram mais evidentes. Para evitar dificuldades nas aprovações de projetos no Congresso, a estratégia do PT, segundo Genoino, será negociar pontualmente cada questão no Senado, já que, na Câmara, o PT manteve a maioria. Outro dado apresentado pela presidência petista para demonstrar vitória nas eleições de 2004 foi a expansão do PT para cidades onde o partido não era tão forte, sobretudo no Nordeste. Genoino ressaltou ainda que o PT saiu bastante fortalecido em todo o Estado de Minas Gerais. Passadas as eleições municipais, a prioridade do PT agora é empossar os prefeitos vitoriosos e realizar bons governos locais. Genoino admitiu que o partido deverá ter mais cuidado com o tema da Saúde, que predominou, principalmente, em São Paulo, Osasco e Diadema. Outro foco será cuidar da agenda política e econômica, articulando ainda mais a base de sustentação no Congresso. "O PT não ficou nervoso, nem em crise, por conta de algumas derrotas. Isso faz parte da vida democrática e nós estamos calejados", afirmou.

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