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Resultado da convenção foi "muito bom", diz Quércia

Por Agencia Estado
Atualização:

O resultado da convenção nacional do PMDB, com a vitória do deputado federal Michel Temer na disputa pela presidência do partido, ontem, em Brasília, não desagradou ao presidente do Diretório de São Paulo do partido e ex-governador do Estado, Orestes Quércia. "O resultado foi muito bom porque prevíamos receber de 38% a 39% dos votos e, no final, o senador Maguito Vilela recebeu 37% dos votos", disse o ex-governador, em entrevista coletiva. Para Quércia, a decisão do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, de não disputar a convenção, aliada ao fato de os governadores peemedebistas terem pressionado suas bases para não votar em Vilela, favoreceu a vitória de Temer. "Tenho certeza que se o Itamar tivesse entrado na disputa, venceria. Além disso, não recebemos os votos que esperávamos dos Estados do Pará, Alagoas, Bahia, Amazonas, Piauí e Pernambuco, por pressão dos governadores", justificou. Segundo Quércia, o próprio Itamar Franco considerou o resultado da convenção positivo. Mas não garantiu que o governador mineiro permanecerá no partido. "Eu acredito que o Itamar vai sofrer forte pressão para sair do PMDB, mas também iremos pressioná-lo para que continue em nossa legenda", afirmou, destacando o prazo final de 5 de outubro como data-limite para registro de nomes nas legendas. O presidente da Diretório Estadual aproveito o encontro com a imprensa para enviar um recado ao presidente de honra do PDT, Leonel Brizola. "Se o Brizola quer ajudar, tem que ter a consciência de que o Itamar é candidato do PMDB, que também poderá fazer uma composição com partidos como o PDT e o PL", afirmou, em referência ao assédio que o pdetista estaria realizando sobre o governador mineiro, para que este mude de partido. Na avaliação de Quércia, o PMDB, enquanto partido político, saiu fortalecido da convenção, em virtude da definição pela candidatura própria na eleição presidencial do ano que vem. "A tese da candidatura própria é irreversível. Todo mundo pregou isso, inclusive o próprio Michel Temer", sustentou.

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