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Requião se diz ´entusiasmado´ com governo Lula e elogia PAC

´É evidente que o PAC não é a solução para tudo, não é a panacéia universal, mas é um início´, disse governador do Paraná em posse de sete de seus secretários

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), declarou nesta segunda-feira que está "entusiasmado" com o início do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "É evidente que o PAC não é a solução para tudo, não é a panacéia universal, mas é um início e eu estou entusiasmado com esse início do governo Lula", acentuou. "O PAC é basicamente investimentos de 500 bilhões de reais que devem começar antes de ontem." O PAC - anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 22 de janeiro deste ano - prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010 em infra-estrutura: estradas, portos, aeroportos, energia, habitação e saneamento. O objetivo é destravar a economia e garantir a meta de crescimento de 5%. Na primeira gestão de Lula, Requião manifestou várias vezes o descontentamento com o governo, sobretudo em relação à política econômica que, segundo o governador, seguia as mesmas diretrizes do antecessor. Agora é um crítico de quem questiona os critérios do PAC. "É absolutamente ridícula a postura de Estados que dizem que determinadas áreas da sua economia não foram contempladas", afirmou. "Inteligências menos privilegiadas, em manifestos nos jornais, reclamam: mas Salto do Lontra (pequeno município no sudoeste do Estado) não tem nenhum investimento. Não é possível que a coisa seja levada a esse nível." Secretariado As declarações de Requião foram feitas na posse de sete secretários do seu governo nesta segunda-feira, no Palácio Iguaçu, em Curitiba. A crítica a cooperativas agrícolas também foi uma das principais tônicas do seu discurso. Ressaltando que há exceções, Requião disse que as cooperativas transformaram-se em brockers (corretores) de grandes multinacionais. "As cooperativas serão tratadas com respeito, mas o governo não é correia de transmissão no interesse dos grandes laboratórios e jamais estará subordinado ao esquema cooperativista ligado aos interesses do agronegócio", disse. Além de Valter Bianchini, na Agricultura, que era responsável na administração federal pela Secretaria da Agricultura Familiar, outro integrante do PT estará no primeiro escalão do governo. O ex-assessor do Ministério do Planejamento, Ênio Verri, assumiu a Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral. A Secretaria do Emprego, Trabalho e Promoção Social terá como titular o ex-deputado estadual pelo PSDB, Nelson Garcia. Para a Secretaria de Obras Públicas foi nomeado Marcelo Almeida, filho do empreiteiro Cecílio do Rego Almeida e filiado ao PMDB. Os outros três empossados já exerciam os cargos na gestão anterior: Virgílio Moreira Filho na Indústria e Comércio, Vanderlei Iensen na chefia de Gabinete e Jacir Bergmann, no Cerimonial. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, prestigiou a solenidade.

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