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Requião quer Itamar na presidência do PMDB

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do PMDB no Paraná, senador Roberto Requião, defendeu a candidatura do governador de Minas, Itamar Franco, para a presidência nacional do partido, na convenção de 9 de setembro. ?Define-se de uma vez a posição do partido, enfrentando o grupo do Jader Barbalho?, afirmou Requião. ?E é já uma antecipação da disputa pela Presidência da República.? Segundo ele, a partir daí, o governador mineiro poderá até se lançar como candidato ao governo federal. "O fundamental é definir na chapa da executiva nacional do partido o grupo que irá coordenar o processo", afirmou. Requião voltou a criticar os peemedebistas que defendem a permanência na base de sustentação do governo. "Falta vergonha na cara", atirou. Pré-candidato ao governo do Paraná, o senador lançou duas propostas, "para iniciar o processo de disputa eleitoral". Ele disse que o PMDB fará tudo para impedir a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel). "Mas se ela for vendida, assumo o compromisso de reestatizar", afirmou. "É um aviso prévio para especuladores internacionais que querem se apropriar da empresa." O outro compromisso que Requião disse estar assumindo é com a revisão do sistema de pedágios nas estradas. "Os contratos abusivos e não cumpridos terão a nulidade declarada", anunciou. Os outros serão analisados e, depois de um plebiscito, poderão ser extintos ou ter os valores corrigidos. Mercosul Requião, que assumirá a presidência da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, disse que o mercado russo é uma possibilidade para quebrar a monopolização das relações comerciais. "O Mercosul, especialmente o Brasil, teria muito a ganhar com o incremento desse comércio, já que os russos estão tão isolados e pressionados quanto nós", disse o senador, que retornou esta semana da Rússia. Segundo ele, os países do Mercosul poderiam aumentar as exportações de alimentos, enquanto os russos repassariam tecnologia de ponta, entre outras, nas áreas de aeronáutica e ótica. "A Rússia representa uma saída possível para algumas camisas-de-força que tentam nos impor, como a Alca", afirmou. Ele pretende intermediar contatos entre empresários dos dois países.

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