Requerimento da CPI da Navalha é protocolado de novo

Na semana passada, investigação da máfia das obras havia sido derrubada

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Parlamentares que defendem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes em licitações de obras públicas descobertas pela Polícia Federal (PF) durante a chamada "Operação Navalha" conseguiram mais duas assinaturas de deputados no requerimento de criação da comissão. Recentemente, os parlamentares já haviam apresentado o requerimento à Mesa Diretora do Senado, quando o documento contava com as assinaturas de 173 deputados - dois a mais do que os 171 necessários -, mas quatro retiraram os nomes, e a lista ficou com 169. Agora, com 171 assinaturas, o requerimento foi de novo protocolado na Mesa. Hoje, assinaram o documento os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e José Paulo Tóffano (PV-SP). No Senado, o número de assinantes da lista são 30 - três a mais do que o mínimo necessário. O fato de terem os defensores da CPMI conseguido novamente o número mínimo de assinaturas não significa, necessariamente, que a comissão será instalada. O líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), informou que continuará trabalhando para convencer deputados governistas a retirarem seus nomes do requerimento. Operação Navalha A Polícia Federal deflagrou no dia 17 de maio a Operação Navalha, contra fraudes em licitações de obras do governo - incluindo projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Luz Para Todos. Segundo a PF, 47 pessoas foram presas. Entre os envolvidos, estão políticos como governador do Maranhão, Jackson Lago, seus sobrinhos, Alexandre Lago e Francisco de Paula Lima Júnior e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela. O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeu pediu demissão do cargo após ser acusado de receber R$100 mil em propina da Gautama, pivô da Operação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.