02 de setembro de 2015 | 12h01
Brasília - O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou, nesta quarta-feira, 2, que não sabe se o veto ao reajuste dos servidores do Judiciário será mantido em sessão das duas Casas Legislativas previstas para ocorrer esta manhã. "Nós não sabemos. A sessão do Congresso está convocada, mas nós não sabemos se haverá quórum para deliberação, só daqui a pouco saberemos", disse.
A presidente Dilma Rousseff vetou uma proposta que concedia aumento médio de 59,5% para os servidores de 2015 a 2017. Ela apresentou uma contraproposta para a categoria, que dá um reajuste de 41,5% em quatro anos, a partir de 2016.
Orçamento. Renan Calheiros também amenizou, hoie, o tom nas cobranças ao governo para solucionar o déficit previsto no orçamento de 2016. Segundo ele, mesmo ressaltando não se tratar de atribuição do Legislativo, o Congresso poderá ajudar a impedir a confirmação do rombo nas contas públicas do próximo ano previsto na proposta enviada pelo Executivo.
"O Orçamento será submetido a uma rigorosa apreciação do Congresso Nacional. Nós vamos recolher pontos de vista, emendas, apreciá-lo, discuti-lo. Eu acho até que, se o Congresso tiver alternativas para superação do déficit, melhor, embora não sendo papel do Congresso", afirmou.
Renan, que ontem se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, havia dito que caberia ao governo propor caminhos para superar o déficit fiscal. Hoje, o peemedebista disse que vai cobrar em todos os instantes uma ação do Executivo para acabar com o rombo.
Para o presidente do Senado, se o governo entender que deve fazer um aditamento à proposta orçamentária, ele fará. "Nós vamos ter tempo bastante na tramitação do Orçamento. Mas essa questão não está posta ainda.
Renan repetiu que o povo brasileiro "não aguenta mais elevação da carga e aumento de imposto". Segundo ele, há uma cobrança da sociedade de uma contrapartida do Executivo, que é a redução da máquina, o corte de ministérios, a redução de cargos em comissão. "Eu acho que esse é o primeiro passo que tem de ser dado", frisou.
Lava Jato. O peemedebista esquivou-se de responder sobre o depoimento que prestou nas investigações que responde por suposto envolvimento de corrupção na Petrobrás.
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