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Renan resiste a pressão até de aliados e avisa que vai ficar

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Por Redação
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Apesar da pressão pelo seu afastamento, o presidente do Senado, Renan Calheiros, avisou que ficará no cargo - não vai renunciar nem tirar férias ou se licenciar. "Deus não me deu o dom da desistência", disse, um dia após ter sido absolvido do processo de cassação. Ele pediu, em vão, uma trégua aos adversários. Para forçá-lo a sair, um grupo suprapartidário de dez senadores, incluindo até integrantes da base aliada, fará "operação-padrão" no Senado. Haverá pauta mínima de votações, ignorando as prioridades do Planalto e pondo em risco a prorrogação da CPMF. Apesar de admitir traições na sessão fechada, a oposição avisou que não haverá caça às bruxas e atribuiu a absolvição de Renan à base aliada, em especial ao PT. "Covarde é quem escondeu o voto", disse Aloizio Mercadante (PT-SP), peça-chave no julgamento. Para o cientista político Cláudio Couto, o julgamento mostrou o "corporativismo negativo" do Senado. Em meio a mais desgaste, cresce no Congresso a intenção de aprovar um projeto que acabe com o voto secreto para as cassações. A OAB pede o mesmo. Pivô do escândalo, a jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha, disse que é hora de "virar a página". De mudança para Minas, ela não quis comentar o caso. Na Europa, Lula também fugiu de polêmica, mas cobrou empenho dos parlamentares e lembrou a urgência da votação da CPMF.

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