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Renan negocia presidência do Senado para salvar mandato

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Por AE
Atualização:

Ameaçado de cassação e decidido a salvar o seu mandato, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já está negociando a sua cadeira com o governo, o PT e o próprio PMDB. Ele indicou para o Palácio do Planalto que, a depender do desdobramento de seus quatro processos no Conselho de Ética, está disposto a renovar a licença de 45 dias, de forma a permitir que o vice Tião Viana (PT-AC) fique no posto de presidente da Casa até o fim do ano. Tudo para facilitar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas Renan quer, em contrapartida, a bancada do PT alinhada na sua defesa. A idéia é evitar qualquer movimento que tumultue o ambiente político do Senado, para garantir condições favoráveis ao governo na prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Nesse contexto, o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), declarou ontem, diante dos presidentes e líderes de partidos aliados e de oposição: ?Não há renúncia. O Renan tirou licença.? Os senadores estranharam a colocação, já que estavam discutindo a agenda de votações a convite de Viana. Um dirigente do PMDB explicou que a frase de Raupp foi uma ?lembrança estratégica? aos líderes, ?um chamado? à negociação. Segundo ele, Renan está disposto a tirar uma licença maior para contribuir com o governo e o Senado, mas descarta a renúncia, já que o fogo cerrado no Conselho de Ética continua. ?Eu conversei com Renan e vi que ele está disposto a dar a sua contribuição em duas frentes: na celeridade da apuração das denúncias e na conclusão das votações de interesse do governo, em especial a CPMF?, disse Gilvan Borges (PMDB-AP). ?A contrapartida é que a base esteja junto dele e o PT feche com ele. Como a oposição deu sinal de que os ataques não param, ele colabora e o governo o ajuda.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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