Renan diz que votações importantes possibilitam chantagens

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros(AL), disse que a votação de projetos importantes às vésperas do recesso parlamentar abre espaço para "chantagens". "Não dá para deixar para votar essas coisas no final, quando é evidente a falta de quórum, porque sempre aparece uma questão pontual, uma condição a fazer que se coloca contra o interesse do País. Todo ano isso se repete.", disse. Diplomático, o líder disse que considerou legítima a reivindicação do deputado Rodrigo Maia (PFL), que ontem conseguiu adiar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2005 ao pedir verificação de quórum, numa manobra para pressionar o governo a liberar verbas para o município do Rio de Janeiro, governado pelo pai do deputado, César Maia. Renan informou que, na reunião com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, os líderes conversaram sobre "ajustes" que ficaram em aberto entre o governo e o Congresso, entre eles a Medida Provisória 177 (MP 177), que trata do Fundo da Marinha Mercante, já aprovada. Segundo Renan, os líderes querem que o governo não vete um artigo importante contido na MP aprovada, que visa a recuperação da indústria naval no País. O Estado do Rio de Janeiro, que tem forte presença de estaleiros, será um dos principais beneficiados pela legislação. O líder do PMDB assegurou, no entanto, que a discussão do Fundo da Marinha Mercante não tem relação com a votação da LDO. "É uma demanda anterior. É um acordo que se fez no Senado, que envolveu líderes, trabalhadores e empresários para alavancar o setor", disse. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem prazo até o próximo dia 13 para sancionar ou vetar a lei aprovada. "Há dúvidas em relação ao que será encaminhado pelo governo. Viemos aqui defender acordo", explicou o líder.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.