Mesmo diante da pressão de cinco partidos para que se afaste da presidência, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manteve-se irredutível. "Eu não recuo. Não tenho o direito de recuar. Vou até o limite das minhas forças para defender minha honra", disse. Veja Também: Cronologia do caso Entenda os processos contra Renan Assessor de Renan nega esquema espionagem contra senadores Suposta espionagem contra senadores reduz apoio a Renan Da tribuna, Renan culpa 'mau jornalismo' por denúncias Defendendo-se da acusação de espionagem para intimidar adversários, Renan negou que tenha feito "atrocidades" contra senadores. E anunciou a abertura de uma sindicância para apurar denúncias contra o ex-senador Francisco Escórcio, funcionário de seu gabinete, acusado de operar o esquema de espionagem e disse que determinou o seu afastamento até a conclusão das investigações. Escórcio, conhecido como Chiquinho, é acusado de operar supostas investigações sobre hábitos dos senadores Demostenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Renan disse ainda que determinou o seu afastamento até a conclusão das investigações. Renan diz que ligou para Demóstenes, Perillo e Agripino para afirmar que a denúncia é mentira. "Repito, é mentira. Não pedi, não ordenei, não autorizei nenhuma atrocidade como essa. Mas a imprensa minimiza o desmentido e amplia a calúnia de forma torpe e irresponsável. É denuncismo sem prova e agora sem autor", disse. Em aparte, Perillo questionou Renan por não ter demitido sumariamente o funcionário de seu gabinete acusado de espionagem. "Peço providências duríssimas." Em resposta, Renan afirmou que está fazendo o que lhe compete fazer e que não vai prejulgar (o funcionário) como está sendo prejulgado.