
18 de setembro de 2007 | 14h47
Depois de quatro dias longe de Brasília, o presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL) chegou nesta terça-feira, 18, ao Congresso Nacional, e afirmou que não há nada "urgente" para ser "conversado" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Renan não confirmou a manutenção ou cancelamento do encontro entre os dois, previsto para esta tarde. Veja também: Especial: veja como foi a sessão que livrou Renan da cassação Cronologia do caso Entenda os processos contra Renan Fórum: dê a sua opinião sobre a decisão do Senado Na semana passada, depois de sua absolvição pelo plenário do Senado, Renan pediu para conversar com o presidente Lula, assim que ele retornasse de viagem à Europa. "Quando precisar falar, falo com naturalidade. Eu ligo para ele, ele liga para mim. Nunca houve dificuldade", afirmou Renan. Nos bastidores, aliados de Renan trabalharam desde a manhã de hoje para cancelar o encontro de ambos, com temor de que o Planalto cobrasse o afastamento de Renan do Senado. O presidente do Senado também negou qualquer pretensão de se licenciar do posto para facilitar a aprovação da prorrogação da CPMF pelo plenário da Casa. "Essa coisa de licença, férias, nunca existiu", afirmou. Ele ressaltou que sua permanência no comando do Senado tem o respaldo da própria Casa. "Até terça-feira (passada) a decisão (de ficar ou sair) era minha. Depois de quarta-feira, a decisão com relação a minha permanência no senado é do Senado. Em todo parlamento democrático do mundo cabe à maioria decidir e a minoria compreender", destacou. Com relação a votação da PEC da CPMF, Renan disse que tem sempre colaborado com a governabilidade e defendeu a aprovação da proposta que prorroga o tributo até 2011. "O País precisa disso. Vou colaborar no que puder. Mas esse problema de CPMF não é do presidente do Senado. Eu sou o presidente da Instituição que é suprapartidária. Esse é um problema de governo, que tem de ser tratado pelos partidos, pelos líderes, pelos senadores. Não pelo presidente do Senado", afirmou. Renan destacou ainda que se a prorrogação da CPMF não for aprovada, o principal prejudicado será o programa Bolsa Família. "Se você não aprovar vai acabar com o Bolsa Família, porque 11 bilhões desse dinheiro é do Bolsa Família", advertiu.
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