Renan Calheiros retira candidatura e deixa presidência do Senado aberta para Alcolumbre

Após desistência do emedebista, votação no Senado continua; acompanhe

PUBLICIDADE

Por Mariana Haubert e Lígia Formentti
Atualização:

Em uma decisão surpreendente, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) retirou a sua candidatura à presidência do Senado. Após os senadores decidirem revelar o voto e o entorno do emedebista perceber que ele perderia a eleição, ele subiu à tribuna e anunciou que o adversário Davi Alcolumbre (DEM) seria o próximo presidente da Casa.

Calheiros retirou sua candidatura no final da tarde deste sábado. Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

PUBLICIDADE

“Queriam abrir o voto para constranger a maioria, então paciência”, disse Renan. “Não vou me submeter.”

A partir do movimento, senadores do grupo de Renan pediram para que a votação fosse refeita pela terceira vez, o que não foi aceito. Ela já havia sido repetida após a contagem dos votos revelar que havia 82 cédulas na primeira votação, um a mais do que o número de senadores na Casa.

A decisão de senadores de exibirem suas cédulas se deu após o plenário aprovar, na sexta-feira, 1º, que a votação seria aberta. Após mais de cinco horas, em uma sessão marcada por tumultos, a votação foi adiada para este sábado, 2.

Na madrugada deste sábado, porém, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acatou um pedido do MDB e do Solidariedade para que a votação do próximo presidente do Senado fosse secreta, como consta no Regimento Interno.

Assim que o senador Renan Calheiros retirou a sua candidatura à presidência do Senado, a sua correligionária, senadora Simone Tebet (MDB-MS), comemorou. 

Ela foi preterida dentro do partido, que indicou Renan para a disputa ao cargo. Desde o início das articulações para o pleito, ela se opôs ao senador. 

Publicidade

“Não teve macho, mas teve mulher para derrubar esse coronel. Preferia voltar para a minha cidade e ser prefeita a ter esse MDB aqui”, disse ao abraçar Regina Perondi, esposa do ex-deputado Darcísio Perondi (MDB-RS).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.