Renan Calheiros nega existência de acordo entre senadores para salvar investigados do PMDB

Presidente do Senado falou em 'separação dos poderes' e informou que não conhece teor das delações envolvendo seu nome

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Por Julia Lindner
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BRASÍLIA - Pouco antes de receber o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Aroldo Cedraz, nesta quinta-feira, 9, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversou rapidamente com a imprensa e negou que haja um acordo para evitar a sua prisão e a do senador Romero Jucá (PMDB-RR). 

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Após a notícia de que a Procuradoria-geral da República (PGR) enviou um pedido prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) dos membros da cúpula do PMDB, parlamentares da base e da oposição estariam articulando um plano para evitar as prisões. Se a Corte determinar, Renan e Jucá só podem ser mantidos presos após aprovação do plenário da Casa.

"Não existe e não existirá (acórdão), porque o Senado praticará sempre a separação dos poderes. Nós não sabemos nem o conteúdo das delações, imagina fazer acordo, quem está dizendo isso é porque quer mais uma vez embaçar, deturpar as coisas", declarou Renan.

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado Foto: André Dusek|Estadão

O presidente do Congresso evitou comentar o caso, pois considera ser "mais prudente aguardar a decisão do STF". "Eu mais do que qualquer um tenho total interesse nos esclarecimentos dos fatos. Já fiz da minha parte o que era preciso fazer, compareci, fiz depoimento, entreguei todos os meus sigilos e estou à disposição para continuar colaborando. Tenho conduzido isso tudo com tranquilidade e serenidade."

O tema da reunião entre Renan e Cedraz, que deve começar em instantes, não foi divulgado.