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Relatora não quer nova denúncia contra Renan no processo

Para a senador Marisa Serrano, do PSDB, ampliação das investigações no Conselho de Ética só caberia se aprovada em sessão plenária por todos os conselheiros

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Por Redação
Atualização:

A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) é contra a incorporação da nova denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), ao processo já em andamento no Conselho de Ética. Neste final de semana, a revista Veja publicou reportagem na qual afirma que a família do presidente do Senado teria vendido para a cervejaria Schincariol, por R$ 27 milhões, uma fábrica no município alagoano de Murici que estaria a beira da falência. A revista afirma ainda que Renan Calheiros teria evitado a cobrança de dívida da cervejaria com o INSS de R$ 100 milhões e beneficiado a empresa, também, junto à Receita Federal. Ao lado de Almeida Lima (PMSDB) e Renato Casagrande (PSB), ela integra a comissão de três senadores designada pelos conselheiros para relatar o caso. Com base nesta nova denúncia, o PSOL discute apresentar um aditivo à representação que abriu as investigações no Conselho de Ética para incluir a apuração sobre possível intervenção do presidente do Senado junto à órgãos federais para beneficiar uma empresa privada. Para a senadora, a ampliação das investigações no Conselho de Ética só caberia se aprovada em sessão plenária por todos os conselheiros. Ao contrário do que quer o PSOL, a inclusão desta nova denúncia na representação, a relatora é da opinião que isso só poderia ser feito por meio de um novo requerimento. "O que nós temos, oficialmente, é o que o P-SOL pediu e o que foi votado pelo plenário do conselho e é nesta linha que estamos trabalhando. É claro que se o conselho achar que temos que ter novas linhas investigativas eu estarei pronta para trabalhar", afirmou a relatora. Nesta segunda, o relatório que pedia o arquivamento do processo contra Renan foi anulado. Segundo os novos relatores, todas as irregularidades do processo foram sanadas. A assessoria do presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB), informou que um novo documento não tem prazo para ser apresentado, já que depende de um ´´conjunto de fatores´´, como a conclusão da perícia da Polícia Federal nos documentos de Renan. (Com Agência Brasil)

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