Relator da reforma política defende mudanças no sistema de financiamento

Além de Vicente Cândido (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) também criticou modelo atual e sugeriu 'mix' de financiamento público e privado

Por Erich Decat e Breno Pires
Atualização:
"Ideia é criminalizar a partir de agora e isentar quem cometeu aquele tipo penal. Se não entrar no texto, entra como emenda. Um texto de lei tem que ser sempre muito claro quanto ao conteúdo." Foto:

BRASÍLIA - O relator da comissão especial de reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP) defendeu nesta terça-feira, 29, mudanças nas atuais regras de financiamento de campanha. Na avaliação do relator, o atual modelo, em que se estabeleceu a proibição de doações de empresas privadas, não deve ser mantido nas próximas eleições gerais de 2018.

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“Seria uma responsabilidade muito grande deixar que as eleições de 2018 fossem com as regras atuais... têm elogios de algumas medidas [implantadas na eleições municipais deste ano], mas no geral acho que foi mais confusão do que solução. Não dá para imaginar as eleições de 2018 com esse modelo, principalmente no que tange o financiamento de campanha”, ressaltou o deputado a participar de evento promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tratou da reforma política no País.

“Podemos fazer o sistema misto com doações de pessoas físicas, mas a nossa cultura e o momento politico não incentiva às pessoas a participarem, a doarem”, afirmou o petista.

Além do deputado, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também defendeu mudanças no atual sistema de financiamento de campanha.

“O sistema atual como está, por maior que tenham tido os benefícios com o barateamento das campanhas, ele trouxe problemas que podem ser corrigidos com um equilíbrio maior, com o mix em torno do financiamento público e privados com limites mais estreitos”, defendeu Aécio. 

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