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Relator da CPI critica convocação de Graça

Deputado Luiz Sérgio também criticou a blindagem ao PMDB nos trabalhos da comissão, que não convocou nenhum dos suspeitos de operar propinas para a sigla até agora

Por Daniel de Carvalho e Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília - O relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), se disse contrário à convocação da ex-presidente da Petrobrás Graça Foster para prestar depoimento na Câmara nesta quinta-feira, 26. Ela foi chamada em substituição a Júlio Faerman, representante da SBM Offshore no Brasil.

"Com toda sinceridade, acho que não necessitaria a vinda dela à CPI até porque a CPI, no meu entender, precisa dar uma guinada. Ficar ouvindo apenas ex-presidentes e ex-diretores da Petrobrás não fica uma imagem muito boa para a CPI", afirmou o petista.

A ex-presidente da Estatal pode ter seu depoimento marcado para a próxima quinta, 26. Foto: Wilton Jr/Estadão

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Ele também endossou a crítica de alguns parlamentares pela blindagem do PMDB aos supostos operadores ligados ao partido, enquanto o suposto operador do PT, João Vaccari Neto, tesoureiro do partido, teve sua convocação aprovada. Não foram convocados o lobista Fernando Baiano, o policial Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca e apontado como "carregador de malas de dinheiro" de Youssef, e o executivo da Toyo Setal Júlio Camargo, um dos delatores que afirmam ter pagado ao menos R$ 154 milhões em propina a pessoas tidas como operadores do PT e do PMDB dentro da Petrobrás.

"Por uma coerência, os tesoureiros dos outros partidos também deveriam ser, ao meu ver, convocados. Votei favoravelmente (à convocação de Vaccari) porque, desde a instalação da CPI, deixei muito claro que não queria nem perseguir nem proteger", disse o relator.

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