PUBLICIDADE

Reitor da USP faz nova oferta a grevistas

Por Agencia Estado
Atualização:

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Adolpho José Melfi, ofereceu um professor além dos 91 já propostos para tentar acabar com a greve na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). A diferença é que, dos agora 92 novos docentes, 68 já podem ser contratados assim que a paralisação terminar e os outros 24, em 2003. Anteriormente, os 91 professores seriam oferecidos em três anos. Os alunos da FFLCH estão em greve desde o dia 2 de maio por causa da falta de professores. Eles denunciaram salas superlotadas e cancelamento de disciplinas na unidade. "Ficamos decepcionados com a oferta. Isso ainda é muito pouco para resolver os problemas da faculdade", disse o aluno Henrique Kiper, depois da reunião, que durou três horas. A proposta será submetida à assembléia dos estudantes, amanhã, às 19h30. A última oferta - de 91 professores - foi negada por unanimidade. Eles reivindicam 259 docentes. Desde o fim de junho, os estudantes têm se reunido com professores e representantes da reitoria para negociar o fim da greve. Essa foi a primeira vez que o reitor participou da reunião, e havia a expectativa de que o impasse pudesse ser solucionado. "Essa é nossa última proposta", disse Melfi. "Qualquer proposta alternativa que a FFLCH queira fazer a partir de agora terá de ser submetida ao órgão máximo da USP, o Conselho Universitário." Ele explica que a concessão de mais professores mudaria toda a política da universidade e poderia prejudicar outras unidades, por isso não pode ser resolvida apenas pelos membros da comissão de negociação. Mesmo com os professores sendo oferecidos para este ano, eles só devem chegar à FFLCH em 2003. Isso porque precisam passar por concursos públicos, que duram no mínimo três meses. Enquanto isso, a reitoria propõe que docentes temporários fiquem no lugar dos futuros contratados. "Eu estou otimista", disse o reitor, quando perguntado da possibilidade de a greve acabar ainda nesta semana.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.