Regina confirma telefonema a Arruda

Por Agencia Estado
Atualização:

A ex-diretora do Prodasen, Regina Célia Borges, disse, perante o Conselho de Ética do Senado, que, no dia da cassação do mandato de senador de Luiz Estevão - 28 de junho de 2000 -, houve três telefonemas entre ela e o então líder do governo no Congresso, senador José Roberto Arruda (sem partido-DF). Ela contou que, no período da manhã do dia 28, tentou duas vezes, sem sucesso, falar com o senador. Numa terceira tentativa, ainda pela manhã, ela conseguiu localizá-lo no celular por volta das 10h. Ela relatou que, nesta ligação, confirmou que ela e sua equipe já haviam preparado o computador do Senado para imprimir a lista dos votos que seriam dados pelos senadores contra e a favor da cassação do mandato de Estevão. À tarde, após aprovada a cassação de Estevão, Arruda teria lhe telefonado cobrando a lista. Segundo Regina, ela lhe teria dito que ainda não era possível obtê-la, mas, posteriormente, ela teria telefonado ao senador informando que já estava de posse da lista, e perguntado como faria para lhe entregar o documento. Arruda afirmou não se lembrar de nenhum telefonema que tenha dado ou recebido durante a manhã de 28 de junho de 2000. Ele disse recordar-se apenas de um telefonema no final da tarde, em que Regina lhe teria dito que tinha algo a lhe entregar. Arruda declarou que, entre o que a ex-diretora do Prodasen afirmou hoje e o que ela havia afirmado no depoimento anterior ao Conselho de Ética, ele fica com o anterior. Segundo Arruda, no depoimento anterior Regina teria afirmado não se lembrar bem se havia ou não falado com ele no período da manhã. Entretanto, a ex-diretora leu um trecho do depoimento anterior dela, no qual, em resposta ao relator, senador Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ), ela mostra que não há contradição entre o depoimento de hoje e ode então. Naquele depoimento, Regina afirma que falou com Arruda dizendo-lhe que estava pronto o "serviço" - ou seja, a violação do sigilo do painel.

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