Reforma muda cara do Planalto Obra de R$ 79 mi deve ser concluída em abril de 2010

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Por Tania Monteiro e BRASÍLIA
Atualização:

Depois de ter sido cercado por tapumes, o Palácio do Planalto entrou em ritmo de reforma nesta semana. Desde ontem, as máquinas da construtora Porto Belo abrem uma cratera no lado oeste do palácio, iniciando a construção de um estacionamento subterrâneo para cerca de 500 carros. A obra é apenas a parte escondida de uma reforma geral que deve ficar pronta em abril de 2010, no mês de aniversário da capital. O palácio, que foi inaugurado em 1960, vai passar por uma revisão total na parte estrutural e em todo o sistema elétrico. A obra está orçada em R$ 79 milhões. O presidente e os funcionários da Presidência foram alojados no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Palácio do Buriti e no Bolo de Noiva, como é conhecido o prédio anexo ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. O presidente Lula já despacha no CCBB, para onde foram também os ministros mais próximos, como Dilma Rousseff, da Casa Civil. Na prática, o CCBB é hoje o "Palácio do Planalto", o Buriti é a antiga sede do governo do Distrito Federal (DF) e as solenidades mais importantes são realizadas no Itamaraty. Uma das metas da reforma do Planalto é devolver ao palácio a estrutura dos salões da parte interna. Com o tempo, os governos foram dividindo e subdividindo o espaço em salas, levando o presidente Lula a comparar o interior do prédio a um "cortiço". Os pisos, velhos e encardidos, serão trocados. Os mármores, recuperados e polidos. As vidraças ganharão lâminas mais grossas e resistentes ao calor. O estacionamento é uma velha demanda do palácio, mas é também uma forma de atender ao inchaço de funcionários registrado depois do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Os servidores que trabalham hoje na estrutura da Presidência são quase o dobro da equipe que assessora o presidente Barack Obama - o americano emprega 1.800 pessoas, segundo o site da Casa Branca, contra 3.431 no Planalto de Lula. O número de servidores do palácio vem crescendo ano a ano. Ao se encerrar o primeiro mandato de Lula, já eram 3.346. Agora, são 57% a mais que no fim da gestão tucana.

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