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Redutos nordestinos em SP são foco de ato de petistas

Por Stefânia Akel
Atualização:

Lideranças petistas se reuniram neste sábado, 18, na Praça do Forró, no bairro de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, em ato de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Estiveram presentes o senador Eduardo Suplicy, o governador da Bahia, Jaques Wagner, e a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão. A iniciativa faz parte da estratégia do PT de intensificar a campanha em redutos nordestinos da capital paulista. Assim, o partido visa ampliar o número de votos de Dilma no Estado, maior colégio eleitoral do País, onde a presidente obteve apenas 25,82% dos votos válidos do primeiro turno, contra 44,22% do candidato de oposição Aécio Neves (PSDB).Por repetidas vezes durante o evento, lideranças petistas fizeram fortes críticas à gestão tucana e, principalmente, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, argumentando que eles têm preconceito contra o Nordeste e os mais pobres. FHC declarou durante a campanha que "o PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres". Apesar de o ex-presidente não ter citado o Nordeste, o PT vem utilizando a afirmação em sua campanha como preconceito aos nordestinos.No ato, Jaques Wagner foi saudado pelos petistas por ter eleito seu sucessor, Rui Costa, no primeiro turno na Bahia. Eduardo Suplicy lembrou, em discurso, que já atuou como parlamentar ao lado de Wagner e que o governo petista na Bahia foi bem-sucedido por ter feito parcerias. Segundo Suplicy, Wagner "certamente estará colaborando no segundo governo da presidente Dilma". O nome do governador vem sendo cotado como possível ministro em um eventual segundo mandato da petista.Wagner disse estar feliz por contribuir com Dilma em São Paulo. "Sei que vocês enfrentaram uma barreira aqui", disse, referindo-se à ampla vitória de Aécio no Estado no primeiro turno. "Mas petista é como sertanejo, não se intimida", acrescentou. O governador disse ainda que o PSDB "mistifica" a corrupção e que a única forma de combatê-la é por meio de uma reforma política, que será um "compromisso" do partido a partir de janeiro."Temos que fincar essa bandeira definitivamente. Em vez de atacá-los, vamos sorrir. Nós mudamos a vida dos brasileiros", disse. As lideranças agora seguem para um almoço no Centro de Tradições Nordestinas, na zona norte da capital, onde devem se encontrar com o presidente do PT, Rui Falcão, e com o senador Wellington Dias (PT), eleito governador do Piauí no primeiro turno.

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