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Rede vai apresentar ação no STF para reduzir prerrogativas parlamentares em casos de prisão

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questiona o fato de deputados e senadores só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável, o que ele considera um 'verdadeiro privilégio pessoal'

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Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que o partido vai protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 23, para acabar com as prerrogativas de parlamentares em casos de prisão por suspeita de crime sem relação direta com a atividade legislativa. Atualmente, deputados federais e senadores só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável e a prisão deve ser confirmada pela respectiva Casa 24 horas depois. Na ação que deve protocolada nesta quarta pela Rede, por meio do sistema eletrônico do STF, Randolfe afirma que o partido questionará regra da Constituição Estadual do Amapá, para que uma eventual decisão favorável tenha repercussão no restante do País. No documento, o partido classifica a prerrogativa como um "verdadeiro privilégio pessoal do indivíduo ocupante do mandato parlamentar".

Senador Randolfe Rodrigues (Rede) Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Pelo texto da Constituição do Amapá, "os deputados não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Assembleia Legislativa, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão". "Nós queremos que o Supremo Tribunal Federal julgue inconstitucional a regra da Constituição do Amapá e, por conseguinte, mude a interpretação da Constituição Federal, o que se aplicaria automaticamente para todo o Brasil", explicou Randolfe. 

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