PUBLICIDADE

Rede não deve abrir representação contra Delcídio no Conselho de Ética nesta semana

Senador Randolfe Rodrigues afirmou que partido consultará membros da executiva no fim de semana; anúncio sobre posição pode ocorrer na terça ou quarta-feira

PUBLICIDADE

Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - O único representante da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), afirmou nesta quinta-feira, 26, que só deve trazer um posicionamento sobre fazer representação no Conselho de Ética contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) na próxima semana. "A Rede vai consultar os membros de sua executiva neste final de semana e deve anunciar uma posição na terça, 1, ou na quarta-feira, 2."

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) Foto: Dida Sampaio/Estadão

PUBLICIDADE

Apesar de apontar tendência pela representação, pedindo que o Conselho de Ética abra processo contra o senador que foi detido na manhã de ontem, a ação da Rede pode ser tardia ou inócua. Nesta quinta, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), cobrou do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que envie diretamente ao Conselho de Ética, por meio da Mesa Diretora, um pedido de referente ao decoro parlamentar. O pedido, que já está pronto, aguarda apena a assinatura de Calheiros, que não marcou data para agir.

Com posicionamento declarado como independente, era esperado que a Rede furasse o acordo selado entre PSDB, DEM e Renan e assinasse a representação no nome do partido. Caso Calheiros seja mais rápido, a decisão de Randolfe perderá o objetivo.

Randolfe foi um dos senadores que, na tarde de ontem, protocolou no Superior Tribunal Federal (STF), mandado de segurança que pedia que a votação no Senado sobre a manutenção ou revogação da prisão de Delcídio Amaral fosse aberta. A resposta encaminhada pelo ministro do Supremo, Edson Fachin, favorável ao pedido do senador, teria influenciado os demais a concordar que a votação não fosse secreta.

A Rede também foi o partido que colocou representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar.