BRASÍLIA - O recuo da comissão especial do impeachment no Senado, que manteve em 15 dias o prazo para as alegações finais da presidente afastada Dilma Rousseff, não anula o efeito do recurso enviado pela defesa da petista ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
O ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, quer que o ministro admita um período ainda maior, de 20 dias, para o cumprimento da última fase de instrução do processo. Lewandowski deve concluir a análise sobre o caso ainda nesta segunda-feira, 6.
O recuo do Senado atrapalha a estratégia do presidente em exercício Michel Temer, que busca acelerar o processo para reduzir o desgaste já provocado pela Lava Jato em seu governo após a queda de dois ministros implicados na delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
A pós o afastamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR) do ministério do Planejamento, e do ex-conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, Fabiano Silveira, da pasta da Transparência, está na mira da Procuradoria-Geral da República (PGR) o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).